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sábado, 29 de dezembro de 2007

Feliz 2008...

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Basta olhar para ti, meu amor, que logo desejo, para este ano que se aproxima
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O teu Amor, a tua Felicidade, a tua Alegria e a Magia do teu olhar!
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Mil sonhos invadem o meu coração, mas os teus, mais que tudo, gostaria de concretizar!
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Amor, Felicidade, Saúde, Paz e Ternura ...
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Nunca faltem estes sentimentos e o Mundo será um lugar bem mais acolhedor!
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Os meus objectivos gostaria de atingir, embora por vezes tão difíceis pareçam de alcançar...
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Novas portas que se abram, novas oportunidades que surjam... a estabilidade!
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O meu maior desejo, no entanto, meu amor...
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Ver-te crescer, contigo poder estar e num golpe de magia o Mundo te poder proporcionar
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O tempo passa... um Ano Novo se avizinha... a minha certeza? Nunca deixar de Sonhar...
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Um ano sem ti...

(Para ti, R...)
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Um ano depois
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Ainda parece mentira... ainda parece tudo irreal!
Ainda não consigo escrever... não saberia como explicar...
A tua partida... súbita, sem ninguém avisar,
Veio tudo e todos transtornar...
Há palavras que infelizmente nunca te direi
Mas prometo, prometo-te, que um dia
As escreverei,
Talvez assim te possa mostrar
Um pouco do Desespero e da Saudade
Do Vazio e da Revolta
que nunca deixarão de nos atormentar!
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(contar-te-ei um dia, J., contar-te-ei a história de um anjo que partiu cedo demais, de forma tão assustadoramente inesperada que tudo parece ser ainda um pesadelo! Contar-te-ei a sua história para assim relembrá-la e mostrar-te também como a Vida pode ser tão efémera e injusta, como devemos aproveitá-la ao máximo, como devemos sorver cada momento como se do último se tratasse!
Se num momento estamos cá, no segundo seguinte tudo acaba... para sempre!
E o céu vai-se enchendo de pequenas estrelas cintilantes que nos sorriem nas noites de luar e nos guardam nos momentos de solidão...)
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sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Um dia... a três!




Um dia perfeito... só nosso! Para passear, para nos namorar e encher de beijinhos e miminhos!
Tão bom... que delícia!
O oceano como testemunha do nosso amor e da nossa felicidade, o sol a acariciar o nosso rosto, a brisa amena do mar a acompanhar-nos na nossa caminhada!
A paisagem perfeita... o sol, o mar, as gaivotas, o teu riso, a tua alegria... o nosso amor! Nós os três...

Amo-vos mais que tudo, minha princesinha linda e meu aor grande!

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Do Natal... um turbilhão de emoções!



No teu olhar ainda consigo ver os vestígios da magia e da fantasia que o Natal te proporcionou!
Foram momentos de puro encanto, repletos de uma alegria infinitas! Momentos ternos que me aqueceram a alma e me fizeram mergulhar novamente nas lembranças doces da minha própria infância...
O teu sorriso, o brilho dos teus olhos, as tuas gargalhadas, a tua energia inesgotável foram sem sombra de dúvida o mais belo deste Natal...
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Afinal este Natal sempre teve a magia que a mamã tanto desejava, afinal este Natal foi, mais do que tudo, um reencontro com a ternura e os laços de carinho! Afinal, apesar da ausência dorida dos pilares da família do teu vôvô, todos se reuniram e o dia de Natal transformou-se num dia mágico, repleto de pessoas que se querem bem, cheio de crianças cuja ansiedade pela chegada do Pai Natal e dos Reis Magos fizeram quase abafar as lágrimas de saudade que de quando em vez vinham atormentar o coração de todos nós!

Esta época festiva, meu amor, um dia tu vais perceber, que também é uma época de dor e sofrimento para nós, não pela partida "natural" (para a qual a lei da Vida nos vai preparando) de alguns dos nossos entes mais queridos, mas sim pela partida inesperada e violenta demais de superar da prima R.
Mas ainda é cedo, pequenina, cedo demais para que percebas o porquê da felicidade que proporcionaste neste Natal ao encheres de miminhos e abraços aqueles que, sem tu saberes, mais deles precisavam...
Enternece-me ver que, sem te aperceberes disso, pareces ter o dom de escolher quem mais precisa de um carinho ou de um miminho teu, para abraçares e contagiares com a tua (ainda) doce inocência e a pureza do teu riso e do teu olhar... fazes exactamente o mesmo com o "vôvô velhinho"!
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A Noite de Natal foi passada na vovó, na minha (ou tua!) mamã e, claro, a alegria de estares com os avós, o priminho A. e os tios foram contagiantes... Era ver-vos correr, saltar, dançar! Que belo ambiente para uma noite de Natal... chegada a hora dos presentes, tanta excitação, tanta brincadeira... um jantar que me acalma sempre, perto dos que habitam o meu coração e dos quais não me consigo libertar!
No fim de jantar, ainda fomos um bocadinho à outra vovó... mais presentes, mais brincadeira, "tantas pendas"... demais até!
No fim, regressámos a casa, já passava da meia-noite, mas tu, cheia de energia... e ansiosa por poder pôr "os dois sapatinhos piquininos" perto do pinheirinho! Sabias que o Pai Natal estava prestes a chegar, prestes a visitar a nossa casa para lá te deixar mais umas surpresas!
Adormeceste, qual bela adormecida, em dois minutos, o cansaço ajudou e a ansiedade de querer que a noite passasse rápido para descobrir as misteriosas prendas do Pai Natal era muita...
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A manhã do dia de Natal chegou... marcado pela tua alegria e boa disposição! Desceste as escadas, levantando constantemente a cabecinha para tentar espreitar o pinheirinho... avistaste-os, os presentes, e o espanto e a alegria por perceber que afinal era verdade, que o Pai Natal tinha cá estado, encheu-te ainda mais o dia de cor e felicidade! Ainda brincamos um bocadinho com os presentes dos papás e o do Pai Natal e depois fomos para casa da tia L.
Sim, meu amor, o ano passado teríamos ido para casa da vóvó velhinha mas este ano não... fomos para casa da tia L. e o dia de Natal tornou-se mágico, terno, repleto de carinho e Saudade!
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Foi um dia em cheio, com a família toda reunida para o almoço e o jantar, para o dia dos sentimentos, tios e tias, primos e primas, todos reunidos para encantar o vosso dia, mais de cinquenta corações que se uniram e reuniram para transformar o dia dos mais pequeninos num dia de pura fantasia... o Pai Natal, os Reis Magos... nada faltou a esta história de encantar!
Mais presentes, tantos presentes, presentes demais! A euforia, risos nervosos, confusão total!
Bom... muito bom... um Natal diferente mas um Natal para recordar, apesar da Saudade que de vez em quando vinha espreitar!
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(Mas o mais importante, princesa... o teu coração cheio de lembranças e recordações de um dia de Natal que a mamã caracteriza com um verdadeiro turbilhão de emoções!)

domingo, 23 de dezembro de 2007

Momento...




O luar vem abraçar-me... por ele me deixo embalar... as recordações vou buscar e por momentos a Saudade consigo atenuar!

(e são tantas...)

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Votos de Natal...

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Um desejo formulo nesta época especial... para todos, muito amor e ternura no ar!

Milhares de sorrisos e muitos sonhos... embrulhados em laços de felicidade!



Se pudesse, proporcionaria a todas as pessoas no Mundo, principalmente às crianças,

A alegria e a paz que todos merecem... numa realidade feita de cor e fantasia!

Num só sentimento englobaria o amor, o carinho, a amizade, o respeito e a solidariedade;

Todos de mão dada, unidos para destruir a Solidão e a Tristeza, a Nostalgia e a Saudade!

Os Homens seriam mais unidos e o mundo... um reino de encantar!-



No teu sorriso, meu amor pequenino, vejo a doce alegria do Natal a chegar;

A inocente alegria por nesta magia toda ainda acreditar!

Tantos sonhos, tantas ilusões, tantos risos, tantas gargalhadas... soltos no teu olhar!

Assim, a mamã, por laços de ternura e encanto se deixa abraçar!

Luas, estrelas de mil cores, bonecos de neves, fadas e princesas... todos me vêm fazer sonhar!



Peço por tudo que para sempre recordes o Natal... esta época tão especial, como a época dos

Afectos, da ternura, do amor e da família, mesmo que por vezes a Saudade possa vir espreitar!

Recorda cada momento de felicidade e alegria como um refúgio...

Abriga-os no teu coraçãozinho... são as melhores recordações que posso algum dia dar!



Tentaremos, eu e o papá, para sempre tentar concretizar todos os teus sonhos...

Os teus desejos tentaremos realizar... para que nunca nunca percas esse brilho no olhar!

De ti, queremos para sempre guardar a doçura e a beleza que a esta época mais magia veio dar!

O nosso maior presente és tu, o mais belo, o mais precioso, aquele pelo qual vale a pena sonhar!

Só tu fazes deste Natal, um Natal para sempre relembrar!



terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Recordações de Natal...

Lembro-me perfeitamente que, em menina, na noite de Natal, ia dormir na esperança de conseguir combater o sono para que pudesse ver o Pai Natal chegar... os sapatinhos estavam no seu devido lugar e muitas vezes de noite eu ia espreitar... mas o Pai Natal deveria ter mesmo muitos meninos a quem prendas tinha de entregar, porque nas minhas esperas silenciosas e nocturnas, nunca o consegui apanhar!
Só mesmo de manhã, quando bem cedinho e a correr ia de novo espreitar, os embrulhos de mil cores estavam lá! A magia era tanta que ainda hoje recordo com saudade e ternura a alegria com que desfazia presentes e pelos brinquedos me deixava encantar...
Toda a festa que envolvia o Natal, toda a magia, toda a felicidade, enchiam-me de alegria!
O pinheiro, as bolas e fitas das mais diversas cores, o cheirinho a ternura que o Natal conseguia passar, com toda a família a deixar-se envolver pelo espírito do momento, os preparativos, a ansiedade, a alegria... tudo isto nunca conseguirei apagar!
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O tempo foi passando e a menina de outrora cresceu... o Natal não perdeu para ela a beleza, mas talvez sim um pouco do seu encanto e magia!
O Natal simboliza Paz, Amor, Família... e nisto, a menina continua a acreditar. No entanto, ao longo dos anos, a Saudade veio-lhe ensinar que a vida, para além de dar momentos de alegria, também vai retirando e afastando de nós as pessoas que mais amamos... as nossas raízes, as peças fulcrais que fazem do Natal um momento de trocas de afectos sem fim!
A Saudade machuca a menina, magoa e fere-lhe a alma! Por vezes, retira-lhe o brilho no olhar... e neste Natal ela virá ainda mais marcar a sua presença...
Será um Natal repleto de carinhos e afectos mas com a Saudade a espreitar e a fazer relembrar quem não ainda há muito tempo a Vida decidiu roubar...
E as saudades são tantas, não dá para explicar... muito menos para tentar atenuar!
Ainda é cedo, tão cedo, cedo demais! A memória nunca as conseguirá apagar, muito menos as lágrimas as deixarão algum dia de lembrar...
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O Natal está aí... prestes a chegar... e por momentos só quero nos teus olhos mergulhar, meu amor pequenino, para assim o poder encarar e celebrar com toda a magia e fantasia que ele merece!
É enternecedor ver-te a vibrar com tanta luz, tanta cor, tanta história de encantar... ver-te a falar do Pai Natal, com tanta ternura e inocência no olhar, leva-me de novo a ser a menina de outrora, a menina dos sonhos que tantas vezes ainda me fazem sobressaltar!
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Quero, meu amor, no teu Mundo mágico mergulhar... leva-me contigo para onde a tua imaginação nos transportar...
Quero, meu amor, fazer do teu Natal uma festa de alegria e sorrisos, para que nunca os deixes de relembrar...
Quero que, acima de tudo, o teu Natal passe a ser recordado por ti como um momento onde sim, é possível sonhar, onde os teus desejos tentaremos concretizar mas gostaria, essencialmente, que daqui a muitos anos, os laços de ternura, os abraços, os beijinhos, as pessoas que moram no teu coraçãozinho fossem as mais belas recordações de Natal que algum dia alguém te poderia dar!
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quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Um conto para embalar...

( A minha mamã inventou hoje à noite esta pequena história de embalar para me ajudar a dormir, para encher ainda mais os meus sonhos de beleza e magia... Eu sei que foi com a ajuda de muito carinho e ternura que esta história ela conseguiu criar...
Assim, ela dedica este meu conto a todas as "Joaninhas" que, como eu, não gostam muito de ir nanar... mas que vão descobrir o quão mágico é poder sonhar!)
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A Magia da Noite
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«Era uma vez uma menina chamada Raio de Sol. Como todas as meninas da sua idade, ela adorava cantar, saltar, brincar e, acima de tudo, sonhar...
Raio de Sol era uma menina muito bonita, toda ela irradiava luz e felicidade e, perto dela, nenhuma tristeza conseguia atormentar o coração daqueles que ela mais amava. Bastava o seu sorriso e a doçura do seu olhar para que tudo à sua volta ganhasse magia e encanto. Apesar de ser muito traquinas, Raio de Sol era uma menina extremamente doce e meiguinha. A sua maior perdição eram os miminhos dos seus papás. Todos os dias, ela enhia-os de beijinhos e abraços e, por sua vez, Raio de Sol vivia constantemente rodeada de carinho e ternura.
Mas, no seu pequenino mundo cor-de-rosa, que o seu olhar queria constantemente alargar, Raio de Sol tinha um medo...
Sim! Apesar de saber que tinha e teria para sempre e sempre que quisesse os miminhos dos seus papás, ela tinha um medo... um fantasma que não a deixava sossegar! De facto, quando no céu as estrelas começavam a brilhar e a Noite a vinha convidar para com ela viajar até aos mundos dos sonhos, Raio de Sol recusava sempre... e a Noite então ficava triste, porque tinha sempre que esperar muito tempo até que Raio de Sol finalmente decidisse com ela mergulhar na imensidão do céu... para assim ganhar asas e voar!
Uma certa noite, a Noite veio ter com ela mais cedo, mesmo antes da menina ir nanar. A princípio, Raio de Sol não a queria convidar a entrar no seu mundo encantado, que era o seu quarto, onde em cada canto reinava a alegria e a fantasia com quem ela adorava constantemente brincar. Mas a Noite, que é muito teimosa mas também muito sábia, insistiu pois queria muito conversar com a Raio de Sol. Sabia que depois da mamã a encher de mil beijinhos e abraços, Raio de Sol a receberia... por isso decidiu esperar.
Quando a menina então foi nanar, a Noite deitou-se ao seu lado e conversou com ela... explicou-lhe que não precisava de ter medo, pois o que ela só queria é que Raio de Sol fosse sua amiga... porque a queria convidar para uma grande viagem, uma magnífica e inesquecível viagem pelo gigantesco mundo dos sonhos, onde tudo o que não existe se pode tornar real, bastava querer.
Raio de Sol, enternecida pelas palavras da Noite, deixou-se por ela abraçar e assim os seus olhinhos começaram a fechar... a viagem ia iniciar!
Nesse dia, Raio de Sol viu lugares mágicos, onde príncipes e princesas viviam felizes em castelos construídos em cima de nuvens brancas feitas de algodão, mergulhou também em mares que, bem no seu fundinho, lá onde as águas eram puras e cristalinas, escondiam sereias de todas as cores e mil peixinhos com quem ela podia brincar.
Raio de Sol não queria acreditar, todos os seus sonhos se estavam a realizar... a Noite estava a proporcionar-lhe o encontro com as suas mais desejadas fantasias, com ela estava a encher ainda de mais cor e alegria a sua vida!
Nesta viagem encantada, ela voou ainda até às estrelas e, uma a uma, em todas conseguiu tocar. Eram lindas as estrelas... e como brilhavam! A Lua, que Raio de sol tanto idolatrava, fez-lhe uma surpresa e com ela foi visitar outros mundos encantados, sítios onde só ela tinha acesso, lugares onde o sol brilhava todo o dia, onde as flores sorriam em imensos jardins coloridos, onde os passarinhos passavam o tempo a cantar músicas de encantar. Raio de Sol também conheceu, nesses novos lugares, fadas, duendes e anjinhos e todas as personagens das histórias que a sua mamã lhe costumava contar! Raio de Sol nem queria acreditar... só poderia estar a sonhar!
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Afinal, a Noite sempre tinha razão! Nanar e com ela viajar significava poder continuar a brincar...
A partir desse dia, Raio de Sol nunca mais teve medo da Noite. Quando chegava a hora de ir dormir, ela abraçava-se ternamente à sua mamã, deliciava-se com os seus miminhos e abraços sem fim... fechava os olhinhos para que o soninho chegasse mais rápido... ela sabia que a Noite estava prestes a chegar, para uma nova viagem com ela começar!»
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quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Adormecer... ou não...

Tem sido difícil... uma luta diária, que terminou há minutos, para que a mamã te consiga adormecer... mexes, pedes mimos, choramingas e as horas vão passando até que, após várias zangas, com a mamã a sair do quarto e a dizer-te que não nana mais contigo, que não te conta mais histórias porque não queres dormir, que já és uma menina crescida e uma menina crescida adormece sozinha, surgem imediatamente as reconciliações e os abraços apertados, porque simplesmente não te consigo deixar sozinha e, acima de tudo, quero que descanses... Por fim, lá adormeces, cansada de tanto lutar contro o sono, ou contra os fantasmas desconhecidos que te pertubam a calma e te impedem de nanar!
Meu amor, só queria perceber (para os poder combater!) que medos te invadem na hora do sono, nunca foste assim, sempre adormeceste logo após a tua história, bem abraçadinha a mim... Será que o meu abraço já não é suficiente para te encher o coração de paz e preencher as tuas noites de sonhos?
Andas carente, nota-se que sentes uma necessidade imensa de estar comigo, de brincar comigo, de imitar tudo o que eu faço, de me sentir, de me tocar...
Mas, meu amor, todo o meu tempo, mal chego a casa, é teu... tudo se resume a ti! Sou tua... por completo! Brincadeiras, mimos, abraços, conversas, beijinhos...
Mesmo assim, antes de ir para a cama, a mamã ainda vai brincar mais um bocadinho contigo para o teu quarto... e nas tuas brincadeiras mergulho sem hesitar só para com o teu sorriso me poder deliciar!
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Talvez seja eu... talvez sintas que a mamã tem andado triste e talvez por isso a paciência não seja a suficiente para conseguir acompanhar tanta energia, tanta ânsia de querer mais e mais... talvez me quisesses ainda mais presente mas não posso, meu amor... talvez sintas saudades do papá!
E entre mais e mais abraços e beijinhos que acabo sempre por te dar para finalmente te poder ver descansar, sinto-me sufocada pela necessidade de um bocadinho só para mim, de um tempo para me reencontrar...
Será que estou errada? Que não estou estou a ser egoísta? Tudo me vem à cabeça quando abraçada a ti, na escuridão acolhedora do teu quarto, me apetecia simplesmente te ver a dormir para assim poder sair sossegada e calmamente... para comigo poder estar!
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(e só queria que tudo voltasse ao normal... que o amor que sinto por ti e todas as histórias de encantar que te possa contar fossem suficientes para adormecer-te, para afastar qual medo que te possa invadir, qual fantasma que te possa assustar...
Amo-te tanto, meu amor, tanto que por vezes é impossível não evitar as lágrimas por simplesmente não saber mais o que fazer para te sossegar nestes momentos em que vejo que nem sempre a tua tristeza ou inquietação posso evitar...
A mamã está aqui, linda, estará sempre, aconteça o que acontecer... isto podes ter a certeza que te consigo prometer! Ela é tua... para sempre!
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Mas, princesa, a mamã também precisa de estar com ela própria... para plenamente contigo poder estar!)

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Por um fio...

(Para o meu avô, o teu "vô velhinho", que foi hoje para o hospital...)
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Sinto-a, bem perto de mim, a querer chegar...
O teu olhar cansado e triste parece já querer abracá-la
E nas lágrimas que sufoco as tuas lágrimas vejo rolar...
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E ela insiste em aproximar-se, aproveitando-se da tua fragilidade...
Da vida vivida que tanto tem ainda para me ensinar
Mas que amarguradamente queres deixar
Como se nessa partida fosses encontrar a tão desejada tranquilidade!
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Dou-te a mão, as rugas acariciam-me a pele
E nelas desvendo ainda mil segredos por revelar
Mas talvez o mair deles...
Seja a tristeza que não te quer abandonar!
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Sei-te cansado, carregando no corpo e na alma o peso do tempo que já passou,
Mas no teu rosto eu queria tanto ver a força e a luta que sempre que caracterizou!
Não a deixes chegar... para de mim ela te roubar!
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Não quero sentir de novo o vazio nem a saudade...
Só queria que no meu abraço pudesses encontrar as forças e
Nas minhas mãos a ajuda para esta batalha conseguires ganhar!
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As lágrimas insistem em querer queimar o meu rosto
E atormentar-me nas horas que vejo passar
Sem saber se contigo a minha vida vou poder continuar a partilhar!
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Tanta luta, tanta dor, tanto suor, tanto trabalho,
No teu olhar consigo decifrar...
E por muito que me custe não consigo continuar a acreditar...
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Sei-a perto, perto demais,
e vejo-te fraco, fraco demais,
E a vida, a tua vida que à minha tanto proporcionou...
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Sinto-a longe, sinto-a a partir
E no desespero e revolta que me invadem
Só consigo pensar que queria tanto não te ver desistir!
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sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Pedacinhos de mim...

Sabes, meu amor, com o tempo vais aprender que a mamã também chora, também tem momentos tristes, que, como tu, também por vezes tem pesadelos mas também vais descobrir que apesar de tudo ela é muito feliz... porque te tem a ti!
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Há tanta coisa para mostrar... tantas mágoas por revelar... tantas alegrias por partilhar... O tempo encarregar-se-á de te mostrar que, acima de tudo, a mamã é um ser humano como qualquer outro, com as suas fraquezas e os seus momentos altos, com as suas qualidades e defeitos, um ser humano que luta diariamente para ser cada vez mais feliz e, mais que tudo, trazer-te a cada dia que passa mais Felicidade ainda!
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Choca-me ver o quão cruéis podem ser os seres humanos. Choca-me saber existir "mães" que matam ou maltratam seres indefesos, anjos que lhes foram enviados e que somente exigem delas o amor, carinho e respeito que qualquer criança merece!

Arrepia-me ouvir determinadas melodias... ler determinados poemas... palavras que tantas vezes gostaria de soltar mas que nem sempre consigo! Sons e letras que, de uma forma ou outra, transmitem ou reflectem um pouco do meu estado de espírito...

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Excita-me a tua alegria de viver, o teu sorriso aberto perante cada surpresa que te possamos proporcionar, a tua felicidade sempre que o Mundo te oferece algum mistério novo para desvendar, a tua ânsia de querer descobrir o que se esconde por detrás das letras e dos desenhos que as tuas histórias têm para te encantar...

Solta-me sentir o teu abraço nos momentos mais complicados, sentir o teu rosto encostadinho ao meu e as tuas mãozinhas que ternamente acariciam a minha face. Solta-me a imaginação criar novas histórias para te acalmar ou simplesmente entreter, as tuas conversas, a brisa do mar, o luar, as estrelas...

Fazem-me rir as palavras que ainda não consegues pronunciar correctamente mas que proferes no tom mais sério que já vi, como se estivesses certa do que estás a dizer e fosse eu quem não percebesse nada... mas também as tuas histórias que nem sempre consigo perceber mas que tu insistes em me contar...
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Faz-me chorar o sofrimento e a dor... as palavras frias e duras... o olhar triste e amargurado de quem amo... o sofrimento de uma criança, o abandono de um animal, a solidão interior de um idoso!
Choro, choro muito, por tudo, por nada... choro por este mundo por vezes tão injusto e desconcertado!
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Causa-me náuseas ter que sorrir para quem não sinto vontade... por quem não sinto laços de ternura! Ter que partilhar o meu tempo com quem eu sei não me merecer o carinho ou a amizade! Ter que obedecer a determinadas regras e leis com quais não concordo também me causa bastante confusão...
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Falta-me, para ser feliz, mais feliz do que eu já sou, a estabilidade profissional que me permitisse ter mais um filho... falta-me a certeza que aqueles que no meu coração habitam não estejam tristes!
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Traz-me infelicidade observar que cada vez menos se dá valor a sentimentos como a Amizade, o Respeito, a Compreensão e que todos estes sentimentos são trocados pelo egoísmo do dia-a-dia! A infelicidade visível nas outras pessoas entristece-me, simplesmente por nem sempre consigo ajudar!
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Magoa-me muito se me falam alto, se me criticam de forma destrutiva. Fico magoada quando vejo que nem sempre os outros valorizam os meus sentimentos, as minhas preocupações! Fico magoada quando não reconhecem o meu trabalho, o meu esforço ou o meu empenho...
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Desejo, mais que tudo neste Mundo, que a Vida não seja demasiado dura contigo, meu amor pequenino, que não tenhas que sofrer muito para conquistar os teus objectivos, que não tenhas de voar demasiado alto para atingir os teus sonhos... Gostava muito de te saber feliz, mesmo quando o tempo não nos conceder a presença uma da outra. Gostava de ter a certeza que, mesmo quando estiveres longe de mim, saibas que o meu colo e o meu abraço estarão sempre aqui, para ti!
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Receio nem sempre ser boa mãe, filha ou esposa! Mas, mais que tudo o resto, tenho tanto medo de não ser a mamã que tu desejas para ti, tenho tanto medo de falhar na minha tentativa de te educar correctamente e de te fazer feliz!
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Não quero perder nunca a imagem do teu sorriso, do teu brilho no olhar, do teu aroma a sol e mar... Não me perdoarei nunca se algum dia perder a confiança daqueles que preenchem a minha vida e que me fazem sentir completa e feliz! Muito menos a tua, meu amor...
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Quero alcançar um dia a lua, para te poder oferecer como sinal do que seria capaz de fazer para te ver sorrir... sim, meu amor, a lua, que tu tanto idolatras! E porque não também as estrelas e assim poder oferecer-te uma noite estrelada de luar só para ti? Para te fazer sonhar! Mas estão tão longe, não é princesa? Lembra-te, são como os sonhos, nem sempre os conseguimos alcançar mas vale e valerá sempre a pena continuar a tentar...
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Abomino todas as datas que simbolizam a partida de alguém que eu tenha amado, que tenham sido um pedacinho de mim, da minha vida... Fere-me principalmente uma data, logo após o Natal do ano passado, em que a vida me ensinou da forma mais cruel o quão frágil é a nossa existência... em que me ensinou que devemos aproveitar cada momento como se fosse o último, pois se vivemos num determinado momento, no segundo seguinte deixamos de existir...
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(Tenho tantas saudades tuas R., se tu soubesses como me persegue o fantasma da tua imagem, como me magoa não te ter visto no último Natal... não te ver nunca mais! Sei que és agora um anjo... repleto de luz e brilho... mas queria tanto poder te dizer o Adeus que não te disse)
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Adoro os aniversários das pessoas que amo, principalmente os teus, princesa... são dias mágicos, repletos de aventuras e brincadeiras, de risos e gargalhadas, de alegria e felicidade, de vida e cor...
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Admiro, numa pessoa, a capacidade sincera de se dar aos outros, de querer atenuar o sofrimento alheio... A sinceridade, nos actos e nas palavras, é, sem sombra de dúvidas, o que faz do ser humano um ser capaz ainda de surpreender e comover...
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Abomino, numa pessoa, a falsidade ou então as tentativas de "calcar" e "pisar" o outro para conseguir chegar à meta mais cedo... Não suporto igualmente quem, em nome de um falso Amor ou suposta Amizade, tenta "aprisionar" e "sufocar" quem diz amar!
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Menti algumas vezes, ou ocultei a verdade, como quando estava grávida, por exemplo... A Dra D. proibiu-me de dizer logo que estava à tua espera então menti à tua vóvó quando ela me perguntou...
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Sinto uma grande nostalgia das tardes em casa da "vóvó velhinha", dos gritos, dos risos, dos mimos, das ternuras, dos laços que outrora existiram mas que se quebraram, deixando unicamente como rasto a saudade que fere e machuca... principalmente quando se aproxima uma época tão especial... a época dos sentimentos, dos afectos!
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Adenda (14h10)
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Fico emocionada quando me apercebo que apesar das dificuldades que a Vida tantas vezes nos impõe, há sempre algo mais forte que tudo o resto que nos mostra que o caminho (por muito tortuoso que por vezes possa parecer) vale sempre a pena ser seguido... pois há sempre o nascimento de um anjinho novo que nos mostra que a Vida pode ser bela e sublime... como aquela que vem desenhada no rosto puro de um bebé acabado de nascer!
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Parabéns princesa Joaninha... o Mundo sorri lá fora... comovido com a tua chegada, ofuscado pela tua beleza! Ele é teu... conquista-o!

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Nostalgia...

Nem sempre te digo as palavras certas, nem sempre te mostro o que sinto, nem sempre consigo... mas tu sabes que sim!

Nem sempre as lágrimas ocultas, as mágoas abafadas ou a tristeza disfarçada, como hoje, me permitem demonstrar-te o quanto preciso de ti... mas tu sabes que sim!

Sabes, meu amor, que te amo, muito!

E é nestes momentos meus, em que mergulho no mais profundo de mim, em que deixo que as lágrimas aliviem um pouco a tristeza que insiste em me perseguir por vezes, em que fantasmas vêm assombrar as minhas noites, em que momentos dolorosos são recordados, em que as saudades impossíveis de matar me vêm fazer companhia... que mais necessidade tenho de te dizer o quanto significas para mim!

domingo, 2 de dezembro de 2007

Boa noite, meu amor...

Dorme bem, meu anjo...

Hoje o dia foi teu, repleto de mimos e muitas brincadeiras... muitos sorrisos, muitas gargalhadas, muitos amigos, muitas brincadeiras, muitos abraços, muitos beijinhos, muitas "pendas"!

A tua festinha de anos... sim, meu amor, não estavas à espera! Afinal de contas, já fizeste anos na segunda feira e já tinhas comemorado com os teus amiguinhos na escolinha! Penso que na tua cabecinha nunca imaginaste que hoje terias outra festa... ainda maior... mas acima de tudo, com muito mais alegria e felicidade! Com mais amor... Com todas as pessoas que tu gostas e que todos os dias fazem de ti uma menina ainda mais feliz!

Acordaste cedo, a mamã e o papá tinham preparado tudo ontem depois de te adormecer, para que não desconfiasses! Hoje ao meio dia, fomos almoçar à vovó e lá ficaste com ela enquanto nós viemos acabar os últimos preparativos... Quando chegaste a casa com a vovó e o vôvô e entraste o teu rosto irradiou felicidade e espanto ao ver tantos balões, tantas estrelinhas, tanta cor, tanta magia...

Tu nunca poderás sequer imaginar, minha princesa, o que essa felicidade estampada no teu rosto e essa alegria e brilho no olhar representam para os teus papás... Nunca conseguirás compreender sequer, por muitos anos que possam passar, o Amor que sentimos por ti!

Gostaríamos tanto de te poder ver sempre assim, feliz, ao longo de toda a tua vida... Daríamos tudo para que esse brilho mágico no olhar nunca desaparecesse... Trocaríamos tudo para poder sempre ouvir o som contagiante das tuas gargalhadas... e no rosto de anjo descobrir-te um futuro sempre risonho, sem tristezas nem amarguras!

Se pudesse, princesa, dar-te-ia o sol e a lua, as estrelas e o céu...

Se pudesse, princesa, daria o meu mundo para nele construirem um mundo de sonho e fantasia... só para ti...

Se pudesse, oferecer-te-ia a chave da Felicidade, do Sucesso e da Sorte, para te acompanhar sempre na tua caminhada pela vida...

Se pudesse, princesa, se pudesse... ter-te-ia para sempre embalada no meu colo, para que assim, protegida de qualquer mágoa ou tristeza, adormecesses enroscada no meu abraço... cansada de tanta alegria, de tanta aventura, de tanta felicidade... cansada de um dia repleto de emoções!

E se eu pudesse, princesa, todos os teus dias seriam assim, mágicos, únicos, repletos de cor e brilho, de sonhos e fantasia, de amor e ternura... todos os teus dias seriam uma aventura sem fim!

Nana, meu amor, sonhos cor-de-rosa!

sábado, 1 de dezembro de 2007

Amizade...


Amigo

Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra «amigo».
«Amigo» é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!

«Amigo» (recordam-se, vocês aí, Escrupulosos detritos?)
«Amigo» é o contrário de inimigo!
«Amigo» é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada.
«Amigo» é a solidão derrotada!
«Amigo» é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
«Amigo» vai ser, é já uma grande festa!

Alexandre O’Neill
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Para ti... tu sabes que sempre que necessitares podes "inaugurar" comigo a palavra »Amigo»...
Parabéns... este dia é especial!

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Imagem de ti...

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Três anos separam esta imagem de ti da anterior...
Três anos passsaram em ti a uma velocidade estonteante...
Três anos aumentaram ainda mais em mim a necesssidade
que sinto de ti...
Três anos voaram por entre céus e horizontes cor-de-rosa e trouxeram até mim os novos sonhos e fantasias que guardas em ti...
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Sim, princesa, o tempo passou a correr, a um ritmo alucinante! Quantas vezes não o deixei passar por entre os meus dedos e assim, dolorosamente, fui perdendo muitos pedacinhos de ti... Mas olho-te, agora, e do bebé pequenino que há três anos atrás me fez descobrir o quão grande e sublime pode ser o Amor somente tenho recordações em mim... impressas no meu coração, indestrutíveis!
Agora olho para ti e vejo uma linda princesa... és linda meu amor! A cada dia que passa vais ganhando asas para poder voar neste Mundo cada vez mais teu...
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E eu linda, eu fico a observar-te... enternecida pelas tuas brincadeiras, pelas tuas conversas, pela forma ainda tão infantil como ainda constroís as tuas histórias... repletas de príncipes e princesas, de fadas e duendes...
Nas tuas conversas ainda se reflecte a necessidade que possuis de nos ter como exemplo a seguir na tua descoberta do Universo...
Nas tuas brincadeiras ainda vejo o nosso próprio reflexo na forma como falas ou simplesmente acarinhas os teus bebés!
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Ouço-te falar, como neste momento, e fico feliz porque cada palavra tua deixa transparecer a alegria que te brilha no olhar! És feliz meu amor, e disso eu tenho a certeza... sinto-o nos abraços que me dás, nas declarações de amor que nos ofereces, na necessidade de nós que ainda em ti tão vincada está! E é tão bom...
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Desde segunda que andas numa euforia total, deves pensar que fazer anos dá direito a uma prenda todos os dias... e assim me perguntas no final de cada dia "Mamã, a J. tamém tem uma penda hoje?". Como fizeste anos na segunda (com festa na escola com direito a bolo da Barbie e tudo!) e a tua festinha com a família e amigos será só no domingo à tarde, tens recebido as prendas às prestações... e, assim, andas numa felicidade constante por ter sempre mais uma surpresa por desvendar!
Aproveita linda, pelo menos até domingo...
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No dia em que fizeste anos a mamã acordou triste! Não propriamente triste, talvez mais nostálgica... acordar-te enchendo-te de beijinhos, ver-te tão crescida nesse dia tão teu, tão nosso, fez com que as lágrimas rolassem pelo meu rosto no momento em que te dei um beijinho para ires para a escolinha! E tu, com as tuas mãozinhas, limpavas-me as lágrimas e só me dizias "Mamã, não xoa! Se quiseres, eu não vou! Não choa, ouviste?" Não meu amor, vai... sê feliz! É tudo o que quero para ti!
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(mas são estes momentos, estas palavras tuas e estas imagens de ti que me fazem querer mergulhar ainda mais e mais... em ti!)

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Era uma vez... o Amor!

A cada dia que passa, minha princesa, amo-te um bocadinho mais, mais e mais...
Chega a doer!
Contigo aprendi que é possível apaixonarmo-nos vezes sem conta!
A cada minuto que passa apaixono-me novamente por ti... com uma intensidade ainda maior, indestrutível!
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Parabéns, meu bebé lindo!
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O milagre da vida estava prestes a acontecer...-há três anos atrás!
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Depois de várias tentativas para que a epidural começasse a fazer o seu efeito, o anestesista já desesperado à minha resposta afirmativa sempre que me perguntava se eu sentia ainda alguma coisa, a mamã só conseguia pensar que faltava pouco, talvez alguns minutos para finalmente conhecer o rosto do anjo que tantas vezes tinha povoado os meus sonhos...
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Tinha medo, tremia, tremia muito... mas nesse misto confuso de emoções, a felicidade, a ânsia de querer que tudo corresse bem eram os sentimentos predominantes!
Continuava a sentir sempre que me tocavam... De repente, vejo a Dra D. entrar, e como por magia, como quem pega num lápis de cor para um lindo arco-íris desenhar, sinto-a "abrir-me"! Não sei como, mas se uns segundos antes ainda sentia as mãos do anestesista, deixei de sentir qualquer tipo de dor. Somente a sensação de que me estavam a retirar de mim o meu bebé, o meu anjo!
Não querias sair... "Olha, não me digas que tenho que ir buscar as ventosas!" - ouço a Dra D. dizer num tom muito surpreendido. De facto, estavas de tal maneira encaixadinha em mim que não te conseguiam tirar... talvez não quisesses quebrar o elo que ainda te mantinha totalmente dependente de mim, do meu ser, do meu respirar!
À minha volta, só consegui ver que enfermeiras, anestesistas e a própria Dra D. carregavam na minha barriga para te ajudar a nascer! Senti medo, receio talvez... ali sozinha no meio de tantas pessoas!
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Subitamente, um impulso... um choro! As lágrimas que teimosamente invadiram o meu olhar! O teu choro... ainda o ouço, um choro de vida, de esperança, um hino ao Mundo que lá fora sorria aguardando a tua chegada, um choro de mimo, um choro meu...
"Sai à mãe! Chora bem!" - disse sorrindo-me a minha médica!
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Vejo-te... qual miragem, um ser pequenino que tive quase que implorar para que me mostrassem! Com a pressa de te levar para tratar de ti, quase se esqueciam de te apresentar à mamã... que desespero! Só consegui perguntar "Está bem?" ao que o enfermeiro ou pediatra (acho eu!) apercebendo-se do meu nervosismo e apercebendo-se que não me tinha mostrado ainda a tua carinha, virou-te para mim e simplesmente disse "É linda, não se preocupe! Tem aqui uma princesa muito linda!"
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Vi-te... conheci-te... e acredita meu amor, essa imagem, esse momento passado há três anos atrás ainda está gravado na minha memória, como se tivesse sido há um minuto apenas. Lembro-me tão bem! Recordo com tanta clareza que naquele momento pensei que me tinham enviado um anjo... eras tão bonita, tão indefesa... e o teu choro que continuava a fazer-se ouvir não saía do meu pensamento! Queria sentir-te, queria tocar-te, queria deliciar-me com a tua imagem... queria abraçar-te, queria-te simplesmente para mim...
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A Dra D. cuidou de mim e a um certo momento comecei a sentir que ela mexia dentro de mim... não era propriamente dor, mas eu sentia tudo o que me estavam a fazer e assustei-me! Assustaram-se todos... teria o efeito da anestesia passado? A máquina das batimentos cardíacos disparou e só me perguntavam se eu não tinha dores, que não podia ter, não era possível! E eu respondia que não, que só sentia que me estavam a fazer qualquer coisa! Respirei fundo... e tudo acalmou! Todos acalmaram...
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Eram quinze horas do dia 26 de Novembro de 2004... o milagre da vida tinha acontecido e eu, bem eu, estava prestes a conhecer e a desvendar os mistérios do Amor, faltava apenas algum tempo até te ter ao pé de mim!
Quando te puseram nos meus braços para irmos para o recobro, deu-me a sensação que abraçava o Mundo inteiro naquele momento, que toda a minha vida se resumia àquele pequeno ser ali nos meus braços para quem eu olhava... deliciada e admirada! Eras minha... tão pequenina, tão bonita! Afinal eras tu, meu amor, que durante tanto tempo tinhas preenchido os meus dias de sonhos e expectativas, afinal eras tu... quem me tinha escolhido para ser tua mamã! E que orgulho, bebé, que orgulho!
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Apertei-te a mim, bem juntinho ao meu coração, queria que soubesses que a partir daquele momento o meu coração bateria em sintonia com o teu... para sempre! E que juntas iriamos palmilhar o caminho do Amor e da Felicidade!
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Amo-te muito, meu bebé lindo... daqui até à lua!
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domingo, 25 de novembro de 2007

De mãos dadas...



E assim passaste a tarde de ontem... de mãos dadas com o papá... nuna vontade imensa de matar as saudades que tens sentido dele! Querias a sua presença, nas tuas brincadeiras, no teu sorriso, nas tuas gargalhadas! E no teu olhar, a felicidade de poder te aventurares no Mundo, assim, protegida por aquele a quem nem hoje deixavas dar miminhos à mamã!

"J. O papá não pode dar miminhos à mamã? Então o papá não é o meu namorado?" - pergunto eu enternecida pelos abraços fortes, pelos beijinhos e pela atenção que me roubavas constantemente dele.

"Não, ele é o meu namuado!"

Está bem, meu amor, afinal de contas, namorado também é aquele que dá mimos, que ama, que protege, que aconchega... por isso o papá é o teu namorado como tu dizes!

A ternura e o carinho deram hoje as mãos... pararam o tempo, fizeram dele um tempo infinito, um momento repleto de felicidade... um momento teu... um momento nosso... para recordar!

(Mas princesa, quero que saibas... mesmo quando o tempo te parecer outro, com outras cores e outros horizontes, com outros sonhos e outros objectivos, quando o encares sob outro olhar lembra-te, sempre, que onde quer que possas estar, eu e o papá estaremos sempre presentes para contigo caminhar... de mãos dadas!)

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Era uma vez... (parte III)

Os meus medos e inseguranças tinham-se afogado no doce olhar daquela figura feminina que desde sempre me tinha acompanhado... sim, desde a descoberta da suspeita de uma possível dificuldade em engravidar (que felizmente se dissipou passado aproximadamente cinco meses) até ao momento em que me encontrava naquele instante... prestes a ser mamã!
Sim, minha boneca, a Dra D. sempre foi a palavra certa nos momentos mais complicados, sempre foi a segurança e o carinho de que necessitei para levar com calma e sem medos a "nossa" gravidez...
De facto, as tensões altas sempre foram uma ameaça ao longo de toda a tua gestação! Por muito que tentasse (e mesmo agora!), nunca consegui "lidar" muito bem com o meu sistema nervoso! Mais que minha médica, a Dra D. sempre foi a minha amiga, a conselheira, o sorriso terno que tantas vezes impediu as minhas lágrimas!
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E ela estava ali... e a sua presença acalmou-me!
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Passado pouco tempo mandaram-me entrar e após um beijinho carinhoso ao teu papá e uma troca cúmplice de olhares, onde um mar de emoções veio subitamente à superfície, a mamã entrou!
A Dra D. viu-me, mediu-me as tensões e, claro, nesse dia, elas estavam normais, não estivesse eu naquele momento segura de que seria ela que te traria ao mundo!
Sorriu-me, como que a agradecer a confiança desmesurada que nela depositava, como que a agradecer nela confiar o meu sonho, o meu maior tesouro! Na ficha médica, apontou as razões para a cesariana: desproporção feto-pélvica e ligeira hipertensão...
Fui levada depois para dentro e assim começou aquela que viria a ser a maior aventura da minha vida... a tua chegada!
Vestiram-me e levaram-me para a sala de induções de partos, embora sabendo que o meu não iria ser natural! Assim, ali fiquei e esperei... deitada naquele espaço, a ouvir os gritos de dor das mulheres que mesmo ao meu lado, gemiam sempre que uma ou várias contracções as fazia sobressaltar!
O meu pensamento voou para longe, tentei abstrair-me de tudo até que o papá, não sei como, conseguiu ir lá ter comigo! E como me soube bem... dar-lhe a mão, sentir-lhe o toque, a presença, as carícias que docemente fazia nomeu rosto!
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Vários bebés a Dra D. deve ter ajudado a nascer até que finalmente me mandou vir buscar!
O meu coração bateu mais forte e uma mistura de alívio e receio invadiu o meu corpo!
Tinha chegado o momento!
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Olhei para o papá, as lágrimas vieram-me aos oilhos e naquele momento só me apetecia chorar... muito... apetecia-me libertar todas as lágrimas que o meu corpo pudesse conter...
Pelo corredor, observava as paredes brancas e tentava a todo o custo deixar-me levar pela calma e tranquilidade que a sua cor transmitia!
A equipa da Dra D. certamente já deveria ter conhecimento de que iria fazer cesariana por isso, enquanto me transportavam para o bloco operatório, o anestesista perguntou-me se preferia dormir ou ficar acordada. E eu, uma vez que não podia ter um parto normal, então queria poder assistir ao momento em que o teu corpo fosse retirado do meu, queria ouvir-te o primeiro choro! Sim, preferia ficar acordada, não queria perder nada, não queria perder o nosso primeiro encontro, queria gravar em mim a visão da vida que estava prestes a nascer!
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Entrei para o bloco operatório... um arrepio, um suspirar profundo!
O milagre da vida estava prestes a acontecer!
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(a continuar...)

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Era uma vez... (parte II)

Como a mamã já te contou, a mudança de lua fez com que no dia 12 de Novembro o papá e a mamã regressassem a casa sem ti... Sentia-me nervosa, cada vez mais aumentava em mim o desejo de te conhecer e a necessidade de te saber bem era uma dolorosa e constante realidade que me atormentava a cada dia que passava! Assim, a mamã, nas duas últimas semanas antes de te ver nascer, fez duas ecografias só para dar descanso aos seus maiores medos. Estavas a ser devidamente alimentada, apesar da placenta envelhecida desde o segundo trimestre da gravidez!
Assim, os dias iam passando, entre os receios do futuro que se avizinhava e a ansiedade de te poder finalmente abraçar...
Sim, meu amor, a mamã tinha tanto medo do que a tua chegada significava na vida dela... um ser do seu ser mas, acima de tudo, uma vidinha pequenina que iria causar grandes mudanças! Não só pela responsabilidade de te "cuidar" como se de uma flor frágil e mágica se tratasse, mas também pelos sentimentos novos que já começavam a "fervilhar" dentro de mim...
Tinha tanto medo, se tu soubesses, de não vir a saber tratar de ti, de não conseguir assumir com toda a firmeza o papel de mãe que me aguardava! Ainda me sentia tão filha, meu amor pequenino...
A mamã sempre foi muito ligada À tua vóvó, aos seus miminhos, às suas palavras, à sua presença, ao simples aroma do seu perfume!
Era um "bebé grande", como tantas vezes o papá me dizia!
Tinha medo de não conseguir soltar as amarras que ainda me prendiam à minha própria necessidade de afecto...
Quantas vezes, nessas últimas semanas antes de ti, não deixei as lágrimas rolarem descontroladamente sempre que sabia que o silêncio e a escuridão apaziguadora e misteriosa da noite seriam os únicos a guardar em segredo as minhas insónias e os meus mais íntimos receios!
E nessas insónias, "acariciava-te" dentro de mim, em carícias repletas de ternura, como que a sugar de ti, da tua presença em mim e dos teus movimentos que deliciosamente me faziam estremecer, a força necessária para assumir o controlo incondicional desse futuro tão próximo, do nosso futuro!
E que sensação mágica... a minha princesa, o meu sonho, o meu bebé, o meu mais belo poema... Deixava-me, nesses momentos só nossos, embalar por ti, pela imagem que de ti já possuía nos meus pensamentos, até que o sono decidisse levar-me e me fizessse adormecer!
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Faltava tão pouco... só queria que fosse a Dra D. a estar connosco, só queria que fosse ela a ajudar no milagre do teu nascimento... e assim pedia, implorava-te para que continuasses aconchegadinha em mim, sem pressas...
E tu, linda, aguentaste e desta forma não soube o que é uma contracção (embora tenha pena!) e assim, conforme combinado, no dia 26 de Novembro de 2004, lá estávamos nós, eu e o papá (a vóvó e o vôvô viriam logo logo), pelas oito horas da manhã, na Maternidade.
Esperei pela Dra D., mil sensações e sentimentos a inundar o meu pensamento... Quando chegou, olhou-me, sorriu-me e no seu olhar senti a segurança de que tanto precisava, no seu olhar meigo os meus medos deixei afogar...
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Ia conhecer-te... finalmente!
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(a continuar...)

sábado, 17 de novembro de 2007

Sonhar...

Simplesmente porque adoro... porque cada nota me dá vontade voar, descobrir novos mundos e reescrecer novos sentimentos...
Porque me dá vontade de te abraçar, de te prender a mim numa dança sem fim...
Porque simplesmente esta música resume muito de mim!

E porque foi assim, hoje, que começou o nosso dia... ao som desta música, a daçar encostinhas uma à outra, num abraço terno que me faz desejar mergulhar nas profundezas da Vida e delas sair ainda mais Feliz!

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Miminhos...

Hoje, ao contrário da noite passada, que estive desde as nove até quase à uma da manhã a adormecer-te, já nanas...
Ontem não consegui perceber o que tinhas... não querias dormir, apesar de todos os meus esforços! Deitei-me à tua beira, contei-te as tuas histórias preferidas, deixei-me embalar pelos teus abraços, dei-me toda aos teus carinhos e festinhas mas nada te sossegava...
Saí do quarto umas quantas vezes, mas sempre que voltava, os abraços eram ainda mais apertados, a ânsia de me sentir ali, juntinha e encostadinha a ti, era cada vez maior! Notava-se que o cansaço se apoderava de ti, que o sono teimava em levar-te para perto das estrelas cintilantes que iluminam a tua noite, que os teus olhinhos se queriam fechar mas sempre que tentava sair da tua beira parece que o medo de me deixar ir embora ultrapassava toda e qualquer vontade de descansar!
O papá, quando chegou, também tentou mas não resultou... Regressei e acabaste por adormecer, perto da uma da manhã, e claro, eu também! Dormímos juntinhas...
Pelo menos valeu pelo facto de ter acordado com os beijinhos e miminhos de um anjo! Sim, porque às oito, já tu me abraçavas e sorrias como se tivesses dormido umas largas horas...
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Eu noto que andas carente... que precisas de mim, dos meus abraços, da minha presença! Noto-o quando os teus bracinhos me apertam num longo e ternurento abraço, sei-o pelo "Goto muto de ti" e o "És o meu amor!" que tantas vezes me dizes, sinto-o quando, ainda há pouco, antes de adormecer, encostas o teu rostinho ao meu para mais um beijinho! Sinto-o na tua mão que não sai de cima de mim até adormeceres, como se tocar-me fosse uma certeza para ti de que estarei ali, a vigiar o teu sono!
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Meu amor, sei que nem sempre estou contigo o tempo que precisas, nem sempre as obrigações nos permitem desfrutar mais uma da outra, mas a mamã ama-te tanto! Tanto que por vezes chega a doer!
E este tempo que nos é tantas vezes roubado é sinal da luta que diaramente travamos, eu e o papá, para atingir os nossos sonhos, os nossos objectivos, para poder, acima de tudo, proporcionar-te o melhor e fazer de ti uma menina ainda mais feliz!
Perdoa-me a falta que possas sentir de mim, eu tento passar a maior parte do meu tempo contigo, tu sabes que mal posso eu corro para o teu abraço, eu mergulho no teu olhar, eu entro no teu mundo e nele me deixo ficar...
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Mas sim, andas carente de mim e antes de nanar, hoje, a mamã deixou tudo o que tinha para fazer para depois! Estivemos bem abraçadinhas uma à outra, até às oito e meia, a ver os teus bonecos... Tu enroscavas-te em mim, bem protegida no meu colo, com as tuas mãozinhas no meu rosto e os meus beijinhos no teu, contavas-me a história que estavas a ver e sorrias-me... o tempo parou, e nós as duas, éramos só uma da outra! De mais nada nem ninguém!
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(E nesses sorrisos, por entre festinhas e beijinhos, eu apercebi-me subitamente do quanto cresceste, pelas palavras que trocávamos e pelo meu colo onde já sobra tanto de ti, mas apercebi-me também do quanto ainda precisas do meu miminho! Prometo, prometo-te, meu amor, que nunca estes miminhos acabarão. São teus, sempre que quiseres e precisares, para sempre!)

Memórias...


«Não existe o esquecimento total: as pegadas impressas na nossa alma são indestrutíveis»


Thomas de Quincey
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Para a mamã, relatar a tua história, contar-te como foi a tua chegada, relembrar os primeiros momentos, reviver as primeiras emoções, redescobrir os sentimentos mais escondidos, sentir novamente o choro, a magia e o milagre da vida é mergulhar no baú mágico das suas recordações... daquelas que, por muito que o tempo insista em passar, louca e desenfreadamente , nunca conseguirá apagar!
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De facto, relembrar-te nunca será impossível... fazes parte de mim! És o meu milagre, a minha vida...
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(a continuar...)

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Era uma vez... (parte I)

Foste um bebé muito desejado, "feito" com muito amor e carinho, planeado com o sentimento intenso que une os teus papás!
Quando soube que estava grávida, nasceu em mim um desejo imenso de te sentir crescer em mim para que eu pudesse conhecer a impressionante magia do milagre da vida...
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Sabes, meu amor, no mais fundo de mim, sempre soube que eras uma menina, não me perguntes porquê! Sempre que me imaginava mamã, imaginava-me com uma princesa nos braços. Nem os quatros primeiros meses, em que a minha médica me dizia que eras um menino, nem a primeira ecografia, nem as restantes pessoas a afirmar que a minha barriga denunciava a vinda de um rapaz me fizeram mudar o meu instinto...
Lembro-me perfeitamente que no dia em que fui, com o papá e a vovó, fazer a ecografia morfológica, o médico, a observar-te no monitor, disse "Este não engana...".
Naquele momento, pensei para mim que não podia ser verdade, que ele não deveria ter dito este mas sim esta! É óbvio que eu também sabia, apesar das lágrimas que quiseram logo invadir-me o olhar, que mesmo que fosse um menino, este seria amado com a mesma intensidade com que tu o és. Mas eu continuava a sentir-te, minha princesa...
Mas eu sentia-o, simplesmente!
O médico continuou a "ver-te" e concluiu a frase "Este bebé não engana, é uma menina! Vê-se perfeitamente!"
Meu amor, se tu soubesses a alegria que senti naquele momento e o sorriso do teu papá aliado à euforia da tua vovó (afinal tinha acabado de ser vovó de um menino, o teu priminho A.), talvez tu conseguisses imaginar um bocadinho do quanto foste desejada!
A partir daí, os meus dias eram preenchidos pela imagem de uma menina que viria transformar a minha vida... uma menina que me faria passar do papel filha para o papel de mãe! Sim, eu ia ser mãe... e como este sentimento me assustava! Se tu soubesses... Eu ainda me senita tão filha, tão dependente ainda dos miminhos da vovó. Tinha medo, muito medo de falhar e não conseguir dar continuadade a este milagre que me tinha sido concedido!
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Ao longo dos meses, fui assistindo ao teu crescimento e sempre que te sentia mexer era como se o mundo se resumisse a esses pequenos momentos mágicos em que talvez tu me quisesses dizer também que me desejavas muito para tua mamã!
Eras um bebé muito calminho, só te sentia mexer à noite! Devias adorar estar dentro da barriguinha da mamã, onde nada nem ninguém te podia fazer mal, onde sabias que o meu amor e a minha protecção te preservariam de tudo e todos...
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Mas o tempo foi passando e o dia marcado pela minha médica chegou... estava de serviço por isso toca a ir para a Maternidade... 12 de Novembro de 2004... ia ter finalmente a minha princesa nos braços, ia finalmente poder conhecer o rosto que durante tantos meses fez parte dos meus mais belos sonhos!
Sim, fui para a Maternidade mas a mudança de lua fez com que a maternidade estivesse repleta de futuras mamãs prestes a dar à luz, por isso regressei a casa, sem ti...
Sentia-me triste, mas percebia que tinha de esperar... afinal de contas eu ia fazer cesariana e não tinha contracções, por isso podia esperar... o que a mamã queria é que no dia em que nascesses fosse a Dra D. a estar comigo...
E isso aconteceu, duas semanas depois, num lindo 26 de Novembro de 2004, exactamente cinco anos depois da mamã ter começado a namorar com o papá!
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(Terá sido a mudança de lua, meu amor, ou foste tu que nos quiseste presentear a data do início do nosso Amor com a tua chegada? Se assim foi, acredita que foste a mais bela e sublime prenda que algum dia os papás poderiam desejar!)

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Para sempre...

Meu amor pequenino,

Falta pouco, tão pouco, para fazeres três anos... O tempo vai passando e a cada dia que passa a mamã olha para ti e recorda com nostalgia e saudade o bebé que já foste... sim meu amor, tenho tantas saudades de te ter pequenina aninhada num colo onde cabias inteira e a sensação que tinha então é que assim, enroscadinha a mim, com o teu coraçãozinho a palpitar juntamente com o meu, era capaz de te proteger de tudo e todos... do Mundo e das suas maldades!

Hoje, esse bebé pequenino e indefeso cresceu... e como estás a crescer meu amor!
Transformaste-te numa linda princesa... numa menina irrequieta e traquina mas que ainda se aninha no meu colo a pedir miminho... que ainda se abraça a mim e me faz sentir das mais belas sensações que algum imaginei ser capaz de sentir, que ainda corre para mim para me prender como se do tempo tivesse medo que dela me roubasse!

Amo-te tanto, pisquinha, tanto que por vezes tenho medo que não entendas este Amor que me une a ti e me faz desejar continuar a ter-te assim.... enroscadinha a mim... como quando eras pequenina!

Mas sabes, haja o que houver, passe o tempo que passar, nunca te esqueças que és a minha estrela cadente, o meu sonho mais real, a minha ternura, a minha luta diária, a minha fonte de inspiração!
Não te esqueças, mesmo que um dia as palavras que possamos vir a trocar possam chocar, que a mamã te adora... daqui até à lua! Para sempre...

(E falta tão pouco!)

Haja o que houver...

Come What May (tradução)
--
Nunca imaginei
Poder sentir-me assim
Como se nunca tivesse visto o céu antes
Quero desaparecer num beijo teu
A cada dia eu te amo, mais e mais
-
Ouve o meu coração, consegues ouví-lo cantar?
Dizendo-me para te dar tudo.
As estações podem mudar, do inverno para a primavera
Mas amar-te-ei, até o fim da minha vida.
-
Haja o que houver,
Haja o que houver,
Amar-te-ei até o dia da minha morte.
De repente, o mundo parece ser tão perfeito,
De repente, ele move-se com tanta graça,
De repente, a minha vida não parece perdida.
E tudo gira em torno de ti.
Não há montanha tão alta,
Nem rio tão extenso.
-
Cante esta canção e eu estarei a teu lado,
Tempestades podem formar-se
E estrelas podem colidir
Mas eu amo-te, até o fim da minha vida.
-
Haja o que houver,
Haja o que houver,
Amar-te-ei até o dia da minha morte.
Oh, haja o que houver,
Haja o que eu houver,
Amar-te-ei, amar-te-ei
-
De repente o mundo parece ser tão perfeito.
-
Haja o que houver,
Haja o que houver,
Amar-te-ei até o dia da minha morte.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Do fim-de-semana e de ti...


Foste ver o espectáculo do Ruca... ainda por cima com as tuas amiguinhas preferidas, a I. e a B. Se no início estavas muito atenta a tudo o que se estava a passar, a meio do espectáculo já batias palmas e dançavas ao som da música! As luzes, as cores, os bonecos... uma mistura perfeita para a tua imaginação cor-de-rosa!
Para mim, o teu sorriso, as tuas gargalhadas, o teu olhar doce a absorver tudo o que te rodeava foram a parte mais bonita do espectáculo!
De tarde, muito passeio, muita conversa, muita aventura! E por cada sítio por onde passaste, foste deixando o teu encanto seduzir as pessoas...
-
No domingo, o papá foi trabalhar de tarde, pelo que nos deliciamos uma da outra outra! Tentar nanar-te... tarefa impossível! Assim, nada melhor que ter uma tarde só nossa para nos enchermos de mimo, de brincadeira, de beijinhos e abraços sem fim! Fazer aquilo que a mamã tantas vezes pede ao tempo e não consegue... pará-lo e enchê-lo de recordações de nós as duas!
E no final do dia, um magusto com o teu amiguinho J.!
Cansaço... não! O Mundo é belo demais para se desperdiçar tempo! A tua ânsia e e desejo de partilha e descoberta são demasiadamente fortes para perder um minuto que seja...
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Como gosto de te ver crescer, embora já sinta tantas vezes saudades do tempo em que ainda eras um bebé pequenino e indefeso, só meu!
Assistir ao teu desenvolvimento, à formação da tua personalidade é a maior das dádivas que algum dia poderia ter recebido...
Amar-te, desmesuradamente, cada vez um pouco mais a cada minuto que passa é um sentimento tão sublime que só posso agradecer por me teres escolhido para tua mamã!
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Se tu soubesses o quanto te adoro, minha "bebé grande", talvez tu entendesses melhor o porquê de tantas vezes as lágrimas rolarem só de pensar que algo de mal te possa acontecer sem que eu o possa evitar, talvez tu entendesses o sufoco que sinto quando não posso estar contigo por um motivo qualquer, talvez tu entendesses o aperto que sinto no coração quando te vejo a ganhar asas e a querer voar...
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Sei que tenho que deixar caminhar sozinha... o Mundo aguarda-te e sei que nele deixarás a tua marca, a tua doçura! Conquista-o, meu amor, mostra-lhe o verdadeiro significado das palavras beleza, pureza, inocência e magia!
Ele por vezes esquece-se que elas existem por isso, linda, devolve-lhe a ternura dessas palavras, fá-lo novamente acreditar que elas existem e que deveriam fazer parte integrante do nosso dia-a-dia... já o fizeste comigo!
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Mas sabes, sempre que te observo, sempre que te espreito brincar ou sempre que te vou adormecer só penso como serás daqui a alguns anos!
Será que continuarás a ser a menina traquina e meiga que és?
Será que o teu olhar continuará a abraçar o Mundo de uma forma tão inocente?
Continuarás a pintá-lo com as cores suaves da tua imaginação?
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(A única certeza que tenho, minha princesa, é que por muitos anos que passem, tu continuarás a ser o meu amor maior, a minha mais sublime conquista, o meu sonho, a minha realidade...
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E falta pouco... tão pouco... para fazeres três anos!)

domingo, 4 de novembro de 2007

Tempo...

(foto retirada)

Porque é insiste em me perseguir a cada minuto que passa?


Porque é que me domina e me faz desejar sempre que as horas passem a voar...
para correr te abraçar?


Porque é que sinto um aperto no meu coração quando a distância insiste em machucar?

Porque é que sinto já saudade de um tempo ainda presente mas que o futuro me vai roubar?

(observo-te e os meus olhos enchem-se de lágrimas... já estás tão crescida... como pode o tempo passar assim tão rápido?)

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Um anjo...

A “vovó velhinha” (como carinhosamente lhe chamávamos e como tu própria ultimamente já lhe chamavas) morreu há pouco tempo … e com a sua morte ficaram as saudades que silenciosamente apertam e magoam, a tristeza de nunca poderes vir a conhecê-la da maneira como eu a conheci e a mágoa de não ter passado, nestes últimos anos, tanto tempo com ela como gostaria de ter passado (embora estivéssemos tão perto).
A vovó velhinha adorava-te e quantas vezes no seu olhar cansado não lhe vi o desejo de trocar todo o tempo que lhe faltava por um único minuto na tua idade… quantas vezes não lhe vi as lágrimas escondidas por sentir as tuas gargalhadas como um hino de despedida da vida que tantas alegrias mas também tantas mágoas lhe trouxe… quantas vezes não lhe descobri a ternura no sorriso quando, a olhar para ti, recordava a menina que outrora tinha já sido! E como lhe sentia o amor e o carinho que lhe transmitias nos vossos miminhos e abraços ternos! Duas gerações ligadas pelo Amor… separadas pelo tempo!
Infelizmente, a agitação egoísta do nosso quotidiano, as obrigações, os horários por vezes complicados nem sempre permitiram que pudesse desfrutar tanto tempo com ela como desejaria.
Infelizmente, por vezes, deixamos o tempo correr porque pensamos que haverá sempre a oportunidade de colmatar as falhas, de compensar o tempo perdido e que o amanhã nos deixará sempre estar com quem gostamos… Mas não é assim!
O tempo é egoísta, não perdoa atrasos e quanto menos esperamos leva para longe de nós as pessoas que fazem parte da nossa vida, as nossas referências, as nossas raízes…
Com a morte da “vovó velhinha”, descobri da maneira mais dolorosa o quão frágeis são os sentimentos humanos, o quão frágil é a nossa própria vida! De repente, sentimo-nos sozinhos, como se deixássemos de ter família… Sabemos que eles estão cá, caso precisemos, mas nada é mais igual. Cada um segue a sua vida, deixa-se absorver pelo ritmo lento dos dias que passam e nunca mais nada torna a ser igual… Já não há convívio, já não há chá ao domingo à tarde nem conversas à beira da vóvó velhinha. Já não existe mais aquela sensação carinhosa de reunir toda a família para simplesmente passar um bom bocado. Sei que cada um tem a sua vida para levar para a frente mas será que a morte é a culpada do egoísmo das pessoas?
Não, meu amor, não é. Pelo menos não é assim que eu gostaria que fosse!


Tenho tantas saudades tuas avó! A cada dia que passa aumenta a dor da tua ausência…
Nunca estas lágrimas que melancolicamente rolam pelo meu rosto ao ritmo destas doridas palavras nem a sensação de vazio que aos pouquinhos se apoderou do meu coração serão suficientes para atenuar esta saudade infinita que sinto de ti… de um único beijinho teu!

E tu, meu amor pequenino, como eu queria que a vida te poupasse estas dores… como gostaria que nunca conhecesses a sensação de vazio que a perda dos nossos nos vai deixando em nós!
No entanto, como disse à vovó no seu último adeus, ela será sempre recordada por ti (apesar do pouco tempo vivido a teu lado!) através das histórias que te contarei, das memórias que partilharei e da saudade que nunca apagarei. Mostrar-te-ei, minha princesa, que de entre todas as estrelas que preenchem as tuas noites de sonho e magia, haverá sempre uma que brilhará mais no firmamento da nossa saudade… e que essa estrela foi um dia um anjo na terra. O nosso anjo da guarda agora!

terça-feira, 30 de outubro de 2007

O tempo...

Passa por mim, passa a correr... por vezes nem o consigo tocar! Sinto necessidade de o agarrar mas ele, mais teimoso que eu, insiste em não parar!
Olho para ti, vejo as marcas que ele vai imprimindo no teu rosto de menina... vejo-o nas palavras que agora trocamos, nas conversas deliciosas que mantemos sempre que ele nos dá essa oportunidade!
Reconheço-lhe os passos quando, sempre que te abraço, sinto o teu corpo (ainda não há muito tão pequenino e idefeso!) sobrar nos meus braços! Tudo em ti cresce, como cresces! Sei que o meu colo será sempre grande o suficiente para te guardar e mimar mas gostava tanto de conseguir ainda por vezes cobrir-te inteira com a protecção desesperada que os meus abraços te querem proporcionar!
Sinto-lhe o rasto nas tuas brincadeiras de menina, na tua vontade constante de soltar as amarras que te prendem ainda à inocência terna própria da tua idade para livremente conquistares o Mundo!
...
Sim, ele passa, egoísta e apressadamente!
...
Rouba-me tantas vezes de ti os beijos e os carinhos que te quero dar, rouba-me as brincadeiras e as descobertas que, contigo, gostaria de partilhar e descobrir!
Vais crescendo, a um ritmo alucinante e assustador para este meu olhar tão ainda dependente de ti... E assim, sinto por vezes que nem sempre tenho esse mesmo tempo para te apreciar, para te observar ou simplesmente para te abraçar!
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Como queria que ele fosse meu... só nosso! Como gostaria de ter o poder de o aprisionar e assim o preencher de momentos teus... de ti... do teu olhar!
Mas não é possível, sei-o, infelizmente!
Este tempo que passa e tantas vezes nos derruba é de todos e, ao mesmo tempo, não é de ninguém!
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Passa a correr... é verdade! Mas sempre que decide abrandar, é ele quem me permite de ti desfrutar... e por isso, não o posso mais censurar!
Apenas lhe posso pedir "Tempo, anda mais devagar!"

É urgente...

Para todas as pessoas a quem a tristeza, a desilusão ou ou mesmo o desencanto insistem em lhes retirar o gosto pelas palavras...
Para quem necessita de uma palavra certa e apaziguadora para lhes mostrar que somos sempre capazes de continuar... de lutar... de ser mais fortes que os próprios obstáculos que a vida tantas vezes nos impõe!
Sim, sofre-se, chora-se, muda-se mas a nossa verdadeira essência permanece! Para sempre... não fossemos nós passáros soltos com asas de sonho e ilusão...
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"É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.
Cai o silêncio nos ombros e a luzimpura, até doer.
É urgente o amor, é urgente permanecer."
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Eugénio de Andrade
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(e claro, meu amor pequenino, para ti também... nunca te esqueças de pautar a tua vida por este sentimento tão doce e sublime que é o Amor!)

sábado, 27 de outubro de 2007

Ser feliz...

No meio das tuas brincadeiras, tu fizeste qualquer coisa que a mamã te tinha pedido, pelo que te disse: -

- Obrigada meu amor, a mamã está muito feliz!
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Ao que tu respondes com um grande sorriso nos lábios:
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- Não mamã, eu é que xou muto feliz!
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Nem imaginas, meu anjo, o que as tuas palavras significaram para mim. Sim, quero-te feliz, quero-te o sorriso rasgado e a gargalhada fácil! Quero-te os abraços ternurentos e os beijinhos sem fim...
Posso nem alcançar tudo o que sempre ambiciono, posso muitas vezes ter que lutar arduamente para que os meus sonhos se concretizem, no entanto, se há algo pelo qual trocaria toda e qualquer vitória é mesmo por ela... a tua Felicidade!
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Por ela sim, vale a pena continuar... sempre... a lutar! Contra tudo e todos...