Lilypie Kids Birthday tickers
Lilypie First Birthday tickers

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Um pouco de ti... (e do sono!)

Desde que nasceste sempre dormiste a noite toda! Lembro-me perfeitamente como se fosse ontem de que no dia em regressámos a casa da Maternidade, dormiste doze horas seguidas... Nunca quiseste tomar leitinho durante a noite e eu nunca te acordei... o teu soninho transmitia tal paz e serenidade que acordar-te seria uma violência! Além do mais, se tivesses fome acordarias e darias sinal!
Os dias foram passando, as noites nunca diferentes... adormecias e nanavas a noite toda, sem interrupções!
Recordo os teus primeiros meses de vida, em que te dava a última mamada por volta da meia-noite! Bebias o leitinho, já a fechar os olhos, e imediatamente adormecias para acordar no dia seguinte, depois de umas largas horas de descanço! Com o passar dos dias, fui-me apercebendo que por volta das nove e meia adormecias de tal forma que para te dar leitinho à meia-noite era quase preciso acordar-te à força... assim sendo, alterei os horários das tuas refeições durante o dia para que, às nove e meia, fosse então o teu último leitinho!
E sim, resultou, penso que foi o melhor que poderia ter feito... A partir daí, adormecias a essa hora e acordavas no dia seguinte por volta da mesma hora!
Nunca tive noites mal dormidas (não fossem os meus receios constantes e o meu vigiar-te incessante!), todos me diziam que eu não sabia o que era ter um bebé... que tinha tido um anjinho!
Sim, porque mesmo na fase dolorosa das cólicas, e esta sim, foi uma fase dolorosa, para mim mas principalmente para ti, nunca perdeste o hábito de adormecer cedo e nanar a noite toda!
Lembro-me de ter nos braços horas a fio, a berrar de dores, as tuas lágrimas misturadas com as minhas no desespero de não te conseguir aliviar o mau-estar e, à hora certa e rotineira, como por magia, as cólicas desapareciam e davam lugar a uma noite de soninho sem choros nem lágrimas!
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Quando comecei a trabalhar (mais cedo do que o que me cabia por direito!), e o que chorei no primeiro dia, lembro-me perfeitamente que quando saía de casa de madrugada quase, pegava em ti a dormir, dava-te a maminha, punha-te a arrotar contigo sempre a dormir e deitava-te novamente... custava-me tanto, meu amor, ter que pegar em ti em pleno sono, mas a mamã passava o dia sem ti e por isso amamentava-te de manhã e à noite...
Foi um tempo muito doloroso para mim... o horário completamente descabido que tinha na altura fazia com que saísse de casa cedíssimo (não fossem os 60 km que tinha de fazer...) e chegasse a casa perto das oito da noite (mais 60 km de volta feitos em plena hora de maior trânsito!)! Passava o dia sem ti e quantas vezes as lágrimas não me encobriam o olhar só na simples recordação do teu rosto, só no pensamento do que poderias estar a fazer, só no desejo de te poder sentir o aroma, tocar-te, abraçar-te, aconchegar-te... Sentia-me que me estavam a roubar o melhor de mim, sentia-me constantemente vazia... a tristeza era uma constante e a vontade que o dia encurtasse para que rapidamente pudesse vir para casa era simplesmente alucinante!
Quando chegava a casa, tinha somente o tempo de te pegar por breves momentos, dar-te banho, oferecer-te o biberão (aos cinco meses trocaste-me pelo biberão, que a nenhum esforço te obrigava para mamar!) e embalar-te para te adormecer...
E assim, num dia de 24 horas, pouco mais de uma hora era o que me era oferecido para te comtemplar, para te mimar, para te sentir... minha!
Assim, pela necessidade dolorosa, pelo sentimento de falta, comecei a adormecer-te ao colo! Fazia-o, apesar de constantemente ouvir o contrário, de que te habituarias e que assim dificilmente um dia adormecerias sozinha!
Fazia-o porque nesses pequenos momentos em que no meu colo te podia acolher, matava as saudades permanentes que tinha de ti... era nesses momentos que te acariciava o rosto, o cabelo, que me embriagava do teu aroma doce de bebé... que aprendia a ser Mãe, que apertava e consolidava os laços que nos uniam! Era nesses momentos que te apertava contra o meu peito sem que o tempo te viesse roubar de mim... naquele momento e ali, no silêncio enternecedor do teu quarto, eras só minha... éramos só nós... mãe e filha! Era o momento por que ansiava o dia todo, o momento em que tudo e todos esquecia só para te poder observar e com o meu Amor te acariciar...
Embalava-te, adormecias, qual anjo caído em minha vida, agarradinha à minha orelha ou ao meu cabelo... deixava-nos estar, assim, abraçadas, por um largo espaço de tempo, e deitava-te de seguida na caminha... e tu, dormias serenamente a noite inteira, certamente mais satisfeita do meu abraço, da minha presença!
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Foste crescendo e veio a época em que acordavas de noite só para nos sentir à tua beira... muitas vezes te tentei adormecer no berço, outras trazia-te para a minha beira! Mas a fase passou... e novamente voltavas a dormir a noite toda!
O ano passado passaste da caminha de grades para a cama grande... adormecer-te era assim mais cómodo e mais fácil! Deitava-me um bocadinho a teu lado, deixava-te deliciar-te com os meus mimos e abraços, deixava-me encantar pelas tuas mãozinhas no meu rosto e tu adormecias... rapidamente!
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De há uns tempos para cá... adormecer-te tornou-se uma verdadeira batalha... difícil, dolorosa... tarefa árdua que o teu cansaço lá consegue a muito custo levar a cabo após umas boas horas deitada a teu lado!
E não consigo perceber, meu amor, o que de repente se passou para te dificultar assim tanto o sono! Sempre adormeceste tão bem...
Só queria ter o poder de conseguir entrar na tua cabecinha e perceber o porquê de tanta resistência agora à hora de nanar!
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O que mudou, linda? Diz-me... é que assim nem sempre as lágrimas eu consigo evitar!
Que medos e que receios invadirão o teu coraçãozinho para não quereres que a Noite te venha brindar com os seus mais belos sonhos?
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E olho para a tua imagem no retrato... tão doce, tão calma, a dormir tão serenamente... e só me vem uma pergunta à cabeça... porquê?
Só de imaginar que algo te possa estar a incomodar sem que nada eu possa fazer para o evitar, faz com que novamente as lágrimas eu deixe tristemente pelo meu rosto rolar...
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quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Confusão de sentimentos...

As lágrimas espreitam... a muito custo as consigo evitar...
Sinto-me cansada, apetecia-me fugir para longe, reencontrar-me em algum lugar calmo e simplesmente poder estar sozinha! Sinta falta de estar comigo mesma, de poder escrever, de poder ler, descansar do dia-a-dia, de fechar os olhos e simplesmente nada fazer...
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À noite, adormecer-te continua a ser uma verdadeira batalha que o teu sono (ou cansaço), a muito custo e após algumas horas, consegue vencer! E nessa tentativa de te levar para o mundo dos sonhos, sufoco as lágrimas, dividida entre a necessidade de um tempo só para mim e o querer continuar a aconchegar-te, a abraçar-te!
Desde que te vou buscar à vovó ou à escolinha, todo o meu tempo se destina única e exclusivamente a ti! Entre banho, desenhos animados, ataques de mimo, jantar e brincadeiras ao anoitecer, toda a minha atenção está centrada em ti!
Se estou a fazer alguma coisa, ouço logo a tua voz "Mamã, anda xentar à minha beira! Queo miminhos", e lá corro eu para deliciar-me com os teus abraços apertados, os ataques repentinos de ternura, os "Goto muito de ti" e o teu doce olhar que no meu repousa como se nele fosse buscar a segurança de que necessita, como se nele fosse buscar a certeza da minha presença, como se dele dependesse para continuar a brilhar...
E adoro... adoro a forma como me olhas e me pedes colinho, adoro quando te enroscas a mim e pedes miminho, adoro ouvir a tua alegria nas canções que cantas para mim, nas tuas conversas sobre as princesas, fadas e personagens encantados que povoam a tua imaginação! Adoro ver-te crescer e adoro sentir o quão preciosa ainda é para ti a minha presença...
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Mas, no final do dia, quando finalmente te consigo adormecer, pouco tempo tenho para me dedicar... a hora tardia já me impede muitas vezes de me tentar reencontrar... e assim fico dividida... sufocada entre o desejo de te ter para sempre assim, tão dependente ainda de mim, e a vontade de viver um bocadinho mais para além de ti!
E esta confusão de sentimentos dói, entristece-me, faz-me sentir culpada!
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Só não quero que te esqueças, meu amor, que é neste tempo, contigo e para sempre, que quero ficar!
Mas a mamã também precisa de um bocadinho só para ela... "só mais um bocadinho", como tu própria tantas vezes o dizes!

sábado, 26 de janeiro de 2008

Só mais um bocadinho...

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Só mais um bocadinho, dizes-me tu constantemente agora, num tom carinhoso e ternurento...
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Só mais um bocadinho de miminho se estás abraçada a mim e, por algum motivo, tenho que sair.
Só mais um bocadinho de brincadeira sempre que te tento à noite adormecer. Queres prolongar o teu tempo comigo, eu sei linda, mas nem sempre pode ser! Há rotinas dolorosas que têm de se manter... para que saudavelmente possas crescer!
Só mais um bocadinho, dizes tu, nas tuas birras, quando nem sempre te deixamos fazer o que queres, quando nem sempre te deixamos ver os teus desenhos animados, quando nem sempre o que desejas pode ser realizado!
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E eu, meu amor, nem sempre te faço a vontade (e como me custa!), mas a ternura com que o pedes derrete-me o coração... e quantas vezes as lágrimas sufoco em mim sempre que me pedes para quebrar as nossas regras, as nossas rotinas, os nossos hábitos!
Gostava que para sempre o Mundo fosse pintado com as cores vivas da tua inocência, dos teus desejos, dos teus sonhos... Gostava de te fazer sempre as vontades, dar-te sempre o que desejas, mas tens que aprender, princesinha, que nem sempre conseguimos alcançar os nossos objectivos, nem sempre o Mundo nos facilita a realização dos nossos sonhos e a concretização dos nossos ideais...
Há momentos em que as lágrimas ensinar-te-ão a crescer e a ganhar os referidos valores, hábitos, rotinas, regras... por vezes dolorosas, é verdade, (e se tu soubesses quanto!) mas necessárias!
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Mas há um bocadinho que tu pedes que nunca te negarei... os miminhos, os abraços, o colo, os beijinhos, o Amor!
E no meio de tanta meiguice, fico paralisada a ver-te crescer cada dia um bocadinho mais, tão mais menina... tão bebé ainda!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Parabéns mamã...


Apesar de já ter crescido, ainda sou a tua menina...
Apesar de já não ser o ser pequenino e indefeso que um dia trouxeste ao mundo, ainda continuo a precisar de ti como no primeiro minuto em que me pegaste ao colo...
Apesar de ouvir agora eu própria a palavra mamã... ainda te continuo a chamar no mais profundo do meu coração...
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Se tu soubesses, mamã, como a tua presença é importante na minha vida. Se tu soubesses o quanto necessito ainda do teu colo e do teu carinho. Se tu soubesses como ainda sinto necessidade de que te orgulhes de cada passo que possa dar ou de cada decisão que possa tomar. Se tu soubesses como desejo continuar a ser a menina que guardas em ti, envolta no mar ternurento das tuas recordações. Se tu soubesses o quanto sofro e as lágrimas que sufoco só de sequer imaginar a tua tristeza. O teu olhar continua a ser aquele de que mais necessito para me reencontrar nas encruzilhadas por vezes complicadas da Vida. Se tu soubesses como ainda me deixo guiar pelas tuas palavras e como estas ainda continuam a ter um poder enorme sobre mim. Se tu soubesses tudo isto, saberias que muitas vezes ainda, em silêncio, choro e baixinho chamo por ti...
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Mas tu sabes, eu sei que sabes, apesar de nem sempre as palavras que possamos trocar sejam as mais certas, que te amo desmesurada e incondicionalmente. Não há dia que acabe sem que ouça a tua voz, por muito que possa ter estado contigo minutos antes. Não há dia em que não vá embriagar-me do teu aroma, do teu perfume... Não há dia em que simplesmente não te queira à minha beira, nem que seja por "um bucadinho", como diz a tua neta.
Tudo o que sou, todos os meus valores, a minha maneira de ser e estar na vida em muito o devo a ti, ao Amor sem limites que sempre me deste... sempre me ajudaste a crescer, embora nem sempre te tenhas apercebido das mágoas, das incertezas, das dúvidas e das inúmeras lágrimas que chorei sozinha.
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Cresci, longe se encontra a imagem da menina pequenina que outrora fui... o tempo passou... aprendi a viver no Mundo que tantas vezes coloriste para mim... mas sempre que penso em ti, a tua imagem permanece intocável no meu coração... és a minha mamã... aquela que recordo e recordarei sempre com a mesma ternura e admiração de tempos passados, és o meu abrigo, a minha segurança, a minha ajuda, parte do meu ser!
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Adoraria um dia conseguir agradecer-te tudo o que fizeste e ainda continuas a fazer por mim, pela J., mas o carinho e a idolatração que ela sente por ti são, para mim, a melhor recompensa que algum dia te poderia dar... quero-a sempre perto de ti, para que também ela tenha o privilégio de receber esse amor que tanto me completa e me preenche! Quero que ela te ame como eu te amo, quero que aprenda a saborear o teu doce aroma, quero que se encha dos teus mimos e se perca nos teus abraços... nos vossos momentos eu revejo a menina pequenina que já não sou... na vossa cumplicidade eu revejo tudo o que sinto por ti! E fico tão feliz...
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Mas lembra-te, nunca te esqueças que, por vezes, o silêncio esconde em si os sentimentos e as emoções que nem sempre as palavras conseguem transmitir... escuta-o! Sim, porque o silêncio também se pode ouvir, ouve-o e descobrirás a imensidão dos laços que me prendem a ti. Procura bem e reencontrarás a menina pequenina e insegura que sempre fui!
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Hoje fazes anos e só peço que muitos mais possas estar ao meu lado, ao nosso lado... talvez nunca te tenha dito, mas o medo de te perder assombra-me sempre que penso no tempo que passa e no futuro que a cada dia se faz mais presente. Sempre que me imagino daqui a muitos anos, as lágrimas escorrem tristemente pelo meu rosto...
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Parabéns!
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domingo, 20 de janeiro de 2008

Passeio à beira-mar...

Uma tarde de sol... um passeio à beira-mar! A felicidade no teu rosto, a calma e a serenidade transmitidas pelas ondas que, sob o teu olhar atento e fascinado, incessantemente vinham a areia abraçar!
Suavemente, a brisa acariciava-nos a pele, uma carícia terna e perfumada...
Adoras o mar... como a mamã! A sua imensidão fascina-te, talvez nele vejas a beleza e os segredos do Mundo (esse Mundo ainda tão pequenino a teus olhos mas que continuamente queres conquistar!) que ainda tens para desvendar...
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Passeaste, brincaste nos cavalinhos e peixinhos que o parque de diversões tinha para te encantar! Na tua mota de princesa, percorreste toda a marginal a sorrir e a olhar para o mar, e a mamã e o papá... felizes por tanta alegria te poder proporcionar!
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Uma tarde de sol... uma tarde de mimos e carinhos dados à beira-mar!
O mar... onde tantos sonhos e ilusões escondidos, que o sol parecia querer desvendar, à superfície vieram todos flutuar!
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Uma tarde de sol... uma tarde onde o tempo decidiu parar...
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...e assim, num abraço apertado, para sempre a vamos recordar...

sábado, 19 de janeiro de 2008

Simplesmente lindo...

A um ti que eu inventei
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Pensar em ti é coisa delicada.
É um diluir de tinta espessa e farta
e o passá-la em finíssima aguada
com um pincel de marta.
Um pesar grãos de nada em mínima balança,
um armar de arames cauteloso e atento,
um proteger a chama contra o vento,
pentear cabelinhos de criança.
Um desembaraçar de linhas de costura,
um correr sobre lã que ninguém saiba e oiça,
um planar de gaivota como um lábio a sorrir.
Penso em ti com tamanha ternura
como se fosses vidro ou película de loiça
que apenas com o pensar te pudesses partir.
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António Gedeão
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Por isso é que digo que a poesia tem o poder de muitas vezes expressar aquilo que nem sempre conseguimos dizer... ou escrever! Lindo... e, claro, especialmente dedicado a ti, minha gaivota sonhadora!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Imagens de ti...



Frente a frente
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Nada podeis contra o amor,
Contra a cor da folhagem,
contra a carícia da espuma,
contra a luz, nada podeis.
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Podeis dar-nos a morte,
a mais vil, isso podeis
- e é tão pouco!
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Eugénio de Andrade
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O egoísmo dos dias que passam a correr, a agitação absurda do dia-a-dia, os momentos de solidão em que escrevo estas palavras, as palavras por vezes duras e frias, o tempo que assustadoramente te faz crescer e cada vez mais vai afastando de mim o bebé que já foste um dia, as obrigações nem sempre fáceis mas necessárias que nos roubam uma da outra nunca poderão apagar da minha memória e do meu coração todas as imagens de ti que desesperadamente vou guardando em mim! O Mundo pode mudar, pode ser cruel e injusto por vezes, pode vencer-nos muitas vezes, fazendo-nos cair... mas se há algo contra o qual ele nada pode nem nunca poderá é o meu Amor por ti...
Este Amor é indestrutível... inexplicável, inabalável!
Nada... não há nada que contra ele possa surgir...
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terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Miminhos...

(nomeada pela Maria)
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É reconfortante saber que todos os pedacinhos de nós que vamos deixando através destas palavras escritas ao sabor dos nossos sentimentos, das nossas alegrias, das nossas tristezas ou mesmo das nossas dúvidas tocam ou de alguma forma fazem parte do dia-a-dia de outras pessoas... e que nos tornam alguém especial!
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(dito pela Rita)
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A amizade é realmente um sentimento muito relativo... único e por vezes incompreensível! Acima de tudo, a Amizade significa preocuparmo-nos com os outros... independentemente da distância!
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(dito pela Maria e pela Rita)
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Reconforta saber que existe quem aprecie este álbum de recordações que decidi criar para ti, minha princesinha... é sinal que tenho conseguido descrever este sentimento tão forte e indestrutível que me prende a ti... o Amor! Espero que um dia também o leias e aprecies cada palavra como a maior declaração de amor que a tua mamã te pode fazer!
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quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Carente...

Quando chegámos a casa, hoje, não houve um minuto em que não me quisesses à tua beira e se por alguma necessidade saía da tua beira ouvia logo uma voz doce "Mamã, xenta aqui, à minha beira! Canta comigo" e claro, cantámos mil vezes as tuas adoradas músicas da Leopoldina, que de tanto ouvir, já conheces melhor que eu!
Foste jantar mas tive que te levar ao "colinho" e corresponder, entre cada garfada, ao teu pedido de "queo miminhos"! Jantámos bem, jantaste muito bem, entre risos e gargalhadas, conversas sem fim onde muitas vezes me dizias "eu goto muito da mamã" e se te dizia que eras linda e a minha paixão, a tua resposta era "tu tamén és linda... a mãe é a minha paxão"...
Antes de nanar, costumamos brincar um bocadinho no teu quarto, com os legos, os bebés, os puzzles e as peças, e nesses momentos deixo-me levar pelas tuas brincadeiras... sei que necessitas desses momentos entre nós as duas, sentes necessidade de mim e o constante "anda bincar comigo no meu quarto, tá bem?" mostra-me o quanto esse pequenos momentos são importantes para ti... sentes-me tua, parte integrante da tua vida, do teu mundo, das tuas brincadeiras.
No entanto, até nas brincadeiras me querias ainda mais próxima de ti... até o castelo de legos quiseste fazer no meu colo (o que foi um pouco difícil claro!), não sossegaste enquanto não me trataste, não fosses tu agora uma verdadeira "dotora" desde que o Nenuco pediatra chegou cá a casa...
Pegaste em dois bonecos, deste-me um, e criaste um diálogo digno da mais bela declaração de amor...
- eu xou o ursinho e goto muto da minha mamã!
- eu sou o teu amiguinho e também gosto muito de ti!
- e eu goto tamén de dar miminhos à minha mamã!
- e tu és linda sabes?
- e a minha mãe tamén!
(...)
Mas o que mais gostei de ouvir foi, quando foste tomar os xaropes, "A J. está muto feliz e contente", dando um xi tão apertadinho que consegui ouvir o bater suave do teu coraçãozinho!
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Pediste-me para adormecer no meu braço e assim, bem abraçadinha a mim, senti-te embarcar para mais uma noite de sonho e aventuras...
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Eu adoro quando estás assim, meiguinha e ternurenta, quando me fazes sentir que tudo vale a pena para te ver sorrir ou para receber um único beijinho teu mas, ao mesmo tempo uma certa tristeza encobre o meu olhar e invade o meu coração...
Será que não passas o tempo suficiente connosco... será que sentes assim tanto a minha falta... será apenas uma fase? Eu não me importo, meu amor, de te dar todo o mininho que pedes mas gostava de perceber as lágrimas e as birras que por vezes fazes só para estar comigo ou para me ter à tua beira!
Porque é que tem de ser assim? Porque é que se tem um filho e a Vida não nos permite passar com ele o tempo que ele necessita? Porque é que o tempo insiste egoistamente em nos roubar o que de mais precioso temos... os abraços, os beijos, os toques, os risos, as brincadeiras, os olhares?
Tenho tanto medo... por vezes tenho tanto medo, meu amor pequenino, que um dia me aperceba que te roubei muito de mim, ou muitos dos afectos que tanto significam para ti, para mim, para nós!
Mas se isso algum dia acontecer, só te peço para que nunca te esqueças que a mamã e o papá te amam da forma mais pura que pode existir, que te amamos desmesuradamente, que pensamos saber amar-te... o melhor que podemos... e sabemos!
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quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Um poema, para ti...

O teu olhar
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É neste olhar que me perco... e a felicidade vou reencontrar!
Neste olhar vagueio... e mil sonhos consigo vislumbrar...
É neste olhar que repouso... e novas forças vou encontrar!
Neste olhar revejo-me... e pedacinhos de mim vou encontrar...
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Se quero fugir, ou simplesmente voar,
basta-me, meu amor, os meus olhos nos teus pousar.
Se quero o mundo transformar, ou simplesmente embelezar,
basta-me, meu amor, nos teus olhos mergulhar.
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Transbordam de aventuras e mil histórias por contar,
Pela sua doçura e ternura, dificilmente não me deixo embriagar,
E é neles, meu amor, que o verdadeiro Amor consigo explicar.
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O Mundo inteiro no teu olhar... tantos segredos por desvendar!
E neles a sede infinita de tudo e todos conseguir conquistar...
Mas só te peço, meu Amor, nunca deixes de me olhar!
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Mamã (08/01/08)
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(É difícil, meu amor, o teu olhar conseguir caracterizar... É doce, é terno, curioso e muito traquinas... e quantas vezes, meu amor pequenino, por ele me deixo encantar...
É por este olhar que vivo e desejo sempre lutar, para que nunca nunca, eles deixem de brilhar...)
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terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Perdidamente...

Perdidamente
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Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!
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É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
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É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhas de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
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E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
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Florbela Espanca
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Saí de casa ainda tu dormias... Sinto-me triste, vazia, quando, nestes dias, tenho que te deixar sem poder ouvir o teu riso, sair sem te poder sentir o beijo, começar o dia sem poder embriagar-me do teu sorriso...
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Assim, hoje só e unicamente me apetece gritar para tudo e todos, meu amor, que te amo, sim, perdidamente!
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sábado, 5 de janeiro de 2008

Voar...

Hoje simplesmente me apetece fechar os olhos e voar... ser pássaro e as nuvens atravessar para um lugar onde certamente nunca será proibido sonhar!
Há momentos assim, em que sozinha gosto de estar... poder viajar até ao meu mais profundo do meu ser e nos sonhos me perder!
Gosto de sentir o silêncio e a paz, gosto de ouvir a chuva, gosto da tranquilidade, gosto por breves instantes comigo mesma me reencontar...
Sinto falta de me isolar, e para o mundo me fechar... sinto necessidade de fugir, nem que por segundos, de tudo o que rodeia... e sozinha poder estar! Só para poder voar...
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(mas não penses não, meu anjo, que nestes momentos tão meus, tão exclusiva e deliciosamente meus, não sinto saudades tuas... isso é impossível de evitar!)


quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Desculpa...

Hoje foste outra vez para a creche... quando te fui buscar à vovó, estavas bem disposta, a brincar com ela... mal me viste, querias miminhos, notava-se que estavas com saudades minhas... deves ter sentido a minha falta!
Afinal de contas, estiveste quase duas semanas com a mamã, com beijinhos e abraços sempre que querias, por isso o dia de hoje não deve ter sido nada fácil para ti, apesar da alegria de voltares a estar com os teus amiguinhos e a tua educadora!
Querias abraços, beijinhos, fizeste birra quando chegámos a casa, só me querias à tua beira e eu... simplesmente não te podia corresponder totalmente aos teus pedidos de mimo!
Sim, a mamã está doente... tem a garganta inflamada e, para piorar a situação, uma enorme gripe! Não quero que fiques doentinha, meu amor, por isso a mamã não te pôde abraçar como queria, não te pôde dar os beijinhos que lhe apetecia...
Na hora de nanar, ainda me deitei à tua beira, mas após meia hora de tosse, pedi-te se nanavas sozinha, que a mamã estava doentinha e não podia estar ali contigo... Disseste que sim com a cabecinha... disse-te para nanares que logo logo te ia dar um beijinho.
Mais uma vez disseste que sim...
E eu pensei, será, será que realmente (e finalmente!) ias adormecer sozinha?
Deixei-te estar sozinha uns trinta minutos... fui ver-te... os teus olhinhos olharam para mim, as tuas mãozinhas acariciaram o meu rosto e os teus braços procuraram os meus, para mais um abraço... tão apertado, tão sentido!
Claro, deitei-me mais um bocadinho à tua beira e, um minuto depois, já dormias, que nem um anjo...
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Desculpa, meu amor, nem sempre te poder dar os miminhos que pedes, hoje não conseguia. Para além de sentir-me mal fisicamente, o medo de te passar os "bichinhos" era grande e eu não quero, linda, ver-te doente... será que me percebes? Será que me desculpas?
É impressionante a vontade que tenho de abraçar e prender bem juntinho a mim quando menos posso fazê-lo...
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(mas, meu amor, é com a recordação do abraço que me deste que vou adormecer hoje... como é que num abraço pode existir tanto amor, tanta segurança, tanta dependência, tanta ternura? Saber-me a presença de que necessitas para adormeceres, sem medos nem receios, saber-me o toque que pedes para fechar os olhos e sonhar faz-me sentir, apesar de muitas vezes gostar que adormecesses sozinha, única... e muito muito amada!
Amo-te muito, meu amor... dorme bem!)

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Ano Novo...

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Mais um ano que passou... ao ritmo suave das doze badaladas! Apesar da saudade que deixou, ele foi bem acompanhado na sua despedida pelo som enternecedor das tuas gargalhadas e da tua Felicidade!
Tantas alegrias, tantas tristezas, tantas lágrimas, tantos sorrisos, tantos sonhos, tantas desilusões, tantas vivências, tantas recordações, tanta luta, tanta vitória, tantas palavras, tanto silêncio... um ano repleto de doces e dolorosas contradições!
Um ano a recordar, no entanto, apesar dos momentos menos bons... a felicidade de te ver ver crescer supera qualquer dificuldade, destrói qualquer obstáculo, atenua qualquer saudade, apazigua qualquer dor...
Um ano de mim, de ti, de nós...
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Mais um ano chegou... um ano que se adivinha importante para mim, um ano onde tudo pode melhorar, em que novas portas se poderão manter abertas (ou então se fechar!) e assim facilitar a realização de mais sonhos, o alcançar de novas metas!
Um ano para o qual todos os meus sonhos foram renovados, para com mais força ainda tentar realizá-los... por ti, por mim, por nós!
No entanto, apesar de ainda ter chegado mesmo há bocadinho... sei que será mais um ano em que, por muito que a Felicidade nos acompanhe e os Sonhos nos ajudem a crescer e a lutar, existirão novas lágrimas, novos desafios, novas dores...
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Será mais um ano de doces e dolorosas contradições... sempre foi e sempre será assim!
A nossa caminhada neste mundo é mesmo isso, uma doce e dolorosa contradição... com caminhos a escolher, a percorrer! Nem sempre fáceis, mas sempre com um destino bem definido... a nossa Felicidade...
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E sabes que mais, meu amor pequenino, contigo a meu lado, nada mais importa... venham as contradições, os desafios, os obstáculos e mesmo as dificuldades... venham eles! Nós vamos mostrar-lhes que somos fortes para os combater... e que, juntos, os três, com a força do nosso Amor, conseguiremos Vencer!