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Falar de ti é falar do aconchego que (ainda) me faz falta nas noites em que tudo daria para adormecer novamente ao teu lado, como costumava fazer quando era pequenina...
.Falar de ti é falar do teu perfume, que me acompanha nos sonhos sempre que desejo enroscar-me nos teus mimos, como costumava fazer quando era pequenina...
.Falar de ti é sentir a tua pele macia que eu adoraria encher de beijinhos mas que o tempo agora não me permite, abracar-te e sentir-me num castelo onde tudo é magia e cor, como costumava fazer quando era pequenina...
.Falar de ti é falar do teu rosto, esse rosto excessivamente belo que guardo no meu pensamento, sempre intacto e deslumbrante, esse rosto que nunca mudará para mim, passe o tempo que passar, pois é o rosto do meu Mundo, é o meu espelho, uma das minhas fontes de inspiração, um rosto demasiado belo e precioso para que eu o deixe de ver como quando eu era pequenina...
.Falar de ti é falar de mim, de tudo o que sou, de tudo o que me deste e continuas a dar, é falar dos momentos em que me aconselhas, em que não me compreendes, em que me ralhas, como quando eu era pequenina...
Falar de ti é difícil, não és fácil de definir... quantas vezes olho para ti e sinto que nunca conseguirei entrar nesses recantos só teus para te conhecer ao ínfimo pormenor, para te saber as tristezas e as dores pelas quais já passaste e que eu nunca conseguirei apagar, só mesmo tentar atenuar com a minha presença, como quando era pequenina...
Falar de ti é sentir que mil palavras se amontoam no meu pensamento pois cada uma se sente mais poderosa que a outra para descrever este Amor infinito que me une a ti, embora tantas vezes chore em silêncio por achar que não conheces a verdadeira essência da tua filha, daquela que te idolatra e idolatrará sempre, como quando era pequenina...
Falar de ti é sentir que poderia estar aqui, horas a fio, a tentar passar para palavras este laço inquebrável que me prende a cada pedacinho de ti e sentir, simultaneamente, que nunca o conseguiria pois és, para mim, como um vulcão em chamas, poderesoso e capaz de mover tudo à sua frente com uma força inexplicável mas, ao mesmo tempo, um mar de carícias, carinho e ternura no qual adoro me afogar, como quando era pequenina.
Falar de ti é, simplesmente, amar-te mais do que algum tu possas sequer imaginar ou mais do que algum dia eu te consiga mostrar mas, acima de tudo, é ter a certeza que olhando para esta imagem, sinto que toda a minha infância revejo e revivo, pois agora é o meu amor pequenino que mais se delicia com os teus mimos, com a tua atenção...
Sim, porque o meu maior orgulho, sabes, é seres agora a avó da minha pequenina!
(e acho que com isto te disse tudo, não disse, mamã?)
.Parabéns, mamã!
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