(foto retirada)
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És uma menina de afectos, mimosa, ternurenta, apesar da tua teimosia característica e da tua personalidade forte e, olhando nos teus olhos, sei que estás a sofrer... que este afastamento obrigatório das pessoas que te acarinharam durante três anos está a magoar-te, como se estivessem a roubar-te um pouco do teu ainda tão pequenino coraçãozinho!
E eu sofro por ti, por não te consseguir evitar as lágrimas, a mudança radical na tua personalidade que toda esta próxima situação está a provocar! Estás carente, sempre com medo que te deixemos... Nunca...
E assim, perante o teu rosto repleto de lágrimas e o teu olhar encoberto por uma profunda tristeza, eu só me pergunto como há quem ponha em causa o trabalho, o carinho e a dedicação de educadoras e auxiliares! De facto, quem vos ensina que o Mundo vai para além do abraço do papá e da mamã, que os afectos criam-se aos poucos mas muito lentamente, se nunca, se quebram?!
Por isso mesmo, pela idolatração que estas admiráveis pessoas têm da tua parte, pelo enorme contributo que deram para a tua felicidade, foi a seguinte dedicatória que lhes ofereceste no teu último dia na escola...
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«Para a V., a B., a G., a D. L.… enfim, todas as pessoas desta escolinha, sem excepção, que me viram crescer e que o meu abraço recordará para sempre com muita saudade…
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Hoje é o meu último dia nesta escolinha… não por ser o que eu deseje, mas sim porque o tempo insiste em fazer-me crescer e, assim, tenho de ir para a escolinha dos meninos ainda maiores.
Estes anos foram muito importantes para o meu crescimento…
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Hoje é o meu último dia nesta escolinha… não por ser o que eu deseje, mas sim porque o tempo insiste em fazer-me crescer e, assim, tenho de ir para a escolinha dos meninos ainda maiores.
Estes anos foram muito importantes para o meu crescimento…
No início, repletos de lágrimas mas, aos poucos, cheios de descobertas, desafios, sorrisos, carinhos, aventuras mas, mais que tudo, a minha passagem aqui foi um tempo que me fez descobrir que este Mundo que ainda mal conheço não se resume apenas ao Amor que os meus papás sentem por mim!
Sim, aprendi que existem mimos outros que os deles, que outros gostam de mim e me querem fazer feliz.
Aprendi a conviver, a partilhar, a brincar, a aprender e, muito mais que isso, aprendi a crescer com tudo o que esse crescimento implica… lágrimas, sorrisos, sonhos, birras mas também uma enorme alegria de viver!
Foi difícil! Diz a mamã que não consegue contar já as vezes que me deixou a chorar, rolando-lhe a ela também as lágrimas pelo rosto, só de relembrar o desespero e a tristeza no olhar quando de manhã eu lá ficava…
O tempo foi passando e comecei a compreender que esta ausência era necessária, principalmente para o meu crescimento, e que existiam outros braços que me amparariam, outros miminhos que me acalmariam, sempre que me sentisse triste ou sozinha!
A paciência, a ternura e a dedicação que todos sempre tiveram comigo foram, sem dúvida, das armas mais importantes para combater os meus medos e destruir as minhas incertezas!
Subitamente, a escola transformou-se num local repleto de sonhos e aventuras, pintado com os tons suaves da imaginação e da fantasia, preenchido pelos abraços e carinhos que no início tanto recusei!
Cresci, ai se cresci... os meus braços, as minhas pernas já sobram no abraço que me dão… no rosto de bebé de então, os traços de menina teimam em mostrar o quanto o tempo passou! Tão depressa, rápido demais…
Sou feliz, fui muito feliz aqui… e esta felicidade deve-se às pessoas que comigo percorreram este caminho nem sempre alegre!
São tantas as lembranças que o meu coração, ainda tão pequenino, já possui… é tanto e indestrutível o carinho que sinto por ti V., que me ajudaste a dar os primeiros passos fora das asas protectoras dos meus papás!
Sabes, a mamã pediu-me para te dizer que sempre que sentires que a tua paciência se esgota por entre as birras e os gritos, te lembrares que possuis o poder divino de trabalhar com crianças, tens a missão mágica de construir sorrisos e sonhos, castelos de afectos que perdurarão eternamente!
Aprendi a conviver, a partilhar, a brincar, a aprender e, muito mais que isso, aprendi a crescer com tudo o que esse crescimento implica… lágrimas, sorrisos, sonhos, birras mas também uma enorme alegria de viver!
Foi difícil! Diz a mamã que não consegue contar já as vezes que me deixou a chorar, rolando-lhe a ela também as lágrimas pelo rosto, só de relembrar o desespero e a tristeza no olhar quando de manhã eu lá ficava…
O tempo foi passando e comecei a compreender que esta ausência era necessária, principalmente para o meu crescimento, e que existiam outros braços que me amparariam, outros miminhos que me acalmariam, sempre que me sentisse triste ou sozinha!
A paciência, a ternura e a dedicação que todos sempre tiveram comigo foram, sem dúvida, das armas mais importantes para combater os meus medos e destruir as minhas incertezas!
Subitamente, a escola transformou-se num local repleto de sonhos e aventuras, pintado com os tons suaves da imaginação e da fantasia, preenchido pelos abraços e carinhos que no início tanto recusei!
Cresci, ai se cresci... os meus braços, as minhas pernas já sobram no abraço que me dão… no rosto de bebé de então, os traços de menina teimam em mostrar o quanto o tempo passou! Tão depressa, rápido demais…
Sou feliz, fui muito feliz aqui… e esta felicidade deve-se às pessoas que comigo percorreram este caminho nem sempre alegre!
São tantas as lembranças que o meu coração, ainda tão pequenino, já possui… é tanto e indestrutível o carinho que sinto por ti V., que me ajudaste a dar os primeiros passos fora das asas protectoras dos meus papás!
Sabes, a mamã pediu-me para te dizer que sempre que sentires que a tua paciência se esgota por entre as birras e os gritos, te lembrares que possuis o poder divino de trabalhar com crianças, tens a missão mágica de construir sorrisos e sonhos, castelos de afectos que perdurarão eternamente!
Disse-me igualmente para nunca te esqueceres que foste das principais construtoras de um Mundo mais feliz e harmonioso… ajudaste uma criança a desabrochar e a ser feliz!
Assim, como ainda é muito difícil para mim descrever o turbilhão de emoções que sinto, faço das palavras que um dia a mamã escreveu por mim à V., a homenagem a todas as pessoas que, de uma forma ou outra, me mostraram que o Mundo pode realmente ainda ser pintado com as cores suaves da ternura, pincelado com a doçura única do sorriso enternecedor de uma criança!
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Agradeço-vos,
Pelas lágrimas que me secaram;
Pelos carinhos e miminhos que me deram;
Pelas brincadeiras e jogos que fizeram;
Pelas aprendizagens e descobertas que me proporcionaram;
Por tudo… por vós… por mim…
Agradeço-vos por me terem feito feliz e me terem ajudado a crescer!
Gosto muito de vocês... »
Assim, como ainda é muito difícil para mim descrever o turbilhão de emoções que sinto, faço das palavras que um dia a mamã escreveu por mim à V., a homenagem a todas as pessoas que, de uma forma ou outra, me mostraram que o Mundo pode realmente ainda ser pintado com as cores suaves da ternura, pincelado com a doçura única do sorriso enternecedor de uma criança!
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Agradeço-vos,
Pelas lágrimas que me secaram;
Pelos carinhos e miminhos que me deram;
Pelas brincadeiras e jogos que fizeram;
Pelas aprendizagens e descobertas que me proporcionaram;
Por tudo… por vós… por mim…
Agradeço-vos por me terem feito feliz e me terem ajudado a crescer!
Gosto muito de vocês... »
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