Lilypie Kids Birthday tickers
Lilypie First Birthday tickers

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Do futuro...

Diariamente lido com adolescentes e cada vez fico mais assustada quando imagino que daqui a uns anos, também tu, meu amor, serás "crescida"!
De facto, cada vez mais assisto a comportamentos, posturas, maneiras de ver e pensar que me assustam... verdadeiramente!
Muitas vezes, nem imaginámos a miséria e o sofrimento que se escondem por detrás destes rostos ainda tão "infantis", embora mascarados com pinturas e outros "adereços" de adultos... No entanto, por muito que tente colocar-me do outro lado, por mais que tente entrar no coração deles para lhes destruir muitos dos seus fantasmas e fazê-los perceber que Sonhar ainda é uma ponte para um futuro melhor, não consigo compreender como é que os nossos jovens conseguiram, de forma tão rápida e assustadora, inverter valores, costumes, como é que tão rapidamente deixaram de querer ser crianças!
E isso entristece-me... muito!
Fico triste por perceber que o futuro da maioria destes jovens não será como o que eu desejo que tu tenhas, pequenina.
Mas será que tu também farás parte deste grupo de jovens que, a todo o custo, tenta criar um Mundo em que os valores, as crenças e os comportamentos estão completamente distorcidos?
Tenho tanto medo... de vez em quando fixo um destes rostos e só penso em como serás daqui a uns anos...
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Continuará o brilho dos teus olhos, a doçura do teu sorriso, a inocência dos teus sonhos, a ternura do teu rosto a embelezar a imagem que tenho da minha menina?
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domingo, 25 de outubro de 2009

Nós...

(foto retirada)
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Há seis anos atrás, o dia foi de muito frio, chuva e vento... No entanto, a magia que encobria o momento não nos deixava ficar tristes com o dia cinzento!
Foi um dia único e no qual, para além da oficialização do nosso amor, partilhámos a alegria de começar a dar os primeiros passos a dois numa tão desejada Vida repleta de sonhos, de objectivos, ilusões e promessas!
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Desde esse dia, seis anos passaram...
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Mente quem disser que os primeiros anos de casamento são uma constante lua-de-mel! Estes nossos primeiros anos foram, pelos menos para mim, os mais difíceis, onde a luta por todos os sonhos era uma constante prova diária à "força" e "resistência" dos nossos sentimentos... onde, de forma por vezes dolorosa temos de nos adaptar a diferentes formas de estar e pensar, em que temos que aprendar a partilhar um espaço que até então tinha sido sempre nosso, onde tivemos que aceitar que nem sempre as palavras trocadas são as mais acertadas ou, sequer, as desejadas no momento!
Passámos tempos complicados, tempos em que as lágrimas que teimavam em rolar muitas vezes nos fizeram duvidar, hesitar...
Adaptarmo-nos um ao outro foi (e é) tarefa por vezes dolorosa mas uma coisa é certa, sem o outro, nada faz sentido!
Tu sabes que nem sempre o nosso Amor é pacífico, nem sempre nos olhamos nos olhos como costumávamos fazer antes, nem sempre temos tempo para simplesmente dar a mão mas também sabes que basta a tua presença para que me sinta princesa dentro de um castelo cujas paredes sei (ou espero!) que nunca vão ruir!
Sabes que é por ti que chamo quando os fantasmas teimosos que habitam em mim me vêm perturbar a calma ou atormentar os pensamentos... é por ti que procuro sempre que me sinto sozinha ou desamparada... é a tua voz que tento ouvir quando o barulho ensurdecedor dos meus sentimentos não me deixam apreciar a beleza dos vossos risos... é contigo que quero continuar a batalhar, lado a lado, cumprindo a promessa de eternizar este nossa história de amor!
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Quero que saibas, meu amor grande, que nunca, mas mesmo nunca, vou desistir do nosso Amor e dos sonhos que com ele construímos!
Quero que saibas, meu amor, que por muito que não o deixe transparecer, o meu orgulho em ti é enorme, assim como a minha admiração e o meu respeito!
Sei (admito!) que lidar comigo nem sempre é fácil, o vulcão que existe em mim nem sempre é simples de apagar mas sabes, só por isso, pela paciência, pela dedicação e pelas provas nem sempre visíveis de amor que já me deste, sinto-me a mulher mais feliz do mundo... por simplesmente te ter a meu lado!
O Amor não é fácil, nunca ninguém disse que o era... ainda hoje tentamos compreendê-lo, lidar com os obstáculos e rasteiras que ele nos prega mas acredito que, juntos, vamos torná-lo eterno!
Quero simplesmente que possamos parar um pouco, de vez em quando, para nos olharmos de novo como fazíamos porque sei que assim serei de novo a tua princesa...
Apesar das zangas, das lágrimas por vezes desnecessárias, das palavras magoadas, lembra-te de mim como se para o mar olhasses... por debaixo de ondas revoltas, a serenidade e beleza de um sentimento sem fim!
Um sentimento único, raro... feito de risos, lágrimas, atritos e cumplicidades, ciúme e ternura, palavras erradas e paciência... um sentimento repleto de contradições mas construído com uma única certeza, a certeza de que é verdadeiro...
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Amo-te muito, nunca duvides, pois é a tua imagem que reconheço quando nos meus sonhos me vejo num futuro longínquo... sim, o nosso amor ultrapassará tudo e todos, voará por entre o tempo e, no final, independentemente de tudo o que possamos ter passado, seremos sempre nós!
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Nós e o nosso amor...
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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Pensamento...

Ondas de solidão…
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Se possuísse uma canoa e um papagaio, podia considerar-me realmente como um Robinson Crusoé, desamparado na sua ilha. Há, é verdade, em roda de mim uns quatro ou cinco milhões de seres humanos. Mas, que é isso? As pessoas que nos não interessam e que se não interessam por nós, são apenas uma outra forma da paisagem, um mero arvoredo um pouco mais agitado. São, verdadeiramente como as ondas do mar, que crescem e morrem, sem que se tornem diferenciáveis uma das outras, sem que nenhuma atraia mais particularmente a nossa simpatia enquanto rola, sem que nenhuma, ao desaparecer, nos deixe uma mais especial recordação. Ora estas ondas, com o seu tumulto, não faltavam decerto em torno do rochedo de Robinson - e ele continua a ser, nos colégios e conventos, o modelo lamentável e clássico da solidão.
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Eça de Queirós, in 'Correspondência'
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Realmente, às vezes pergunto-me como é possível sentirmo-nos tão sós e desamparados quando, olhando à nossa volta, nos vemos rodeados de imensas pessoas que, supostamente, deveriam impedir que a sensação de solidão nem oportunidade tivesse de espreitar o nosso Mundo...
Será que o ser humano, por muitos amigos que possa ter, por muitas pessoas que possa conhecer, por muitos lugares que possa visitar ou mesmo muitos sorrisos trocar, tem obrigatoriamente de sentir que a Solidão o acompanha, mesmo estando no meio de uma multidão?

domingo, 11 de outubro de 2009

Constatação...

(foto retirada)
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Acredito cada vez mais que a Felicidade é feita de pequenos momentos, por muito banais que possam parecer.
Acredito cada vez mais que devemos viver cada instante da nossa vida de forma intensa, como se do último se tratasse.
Acredito cada vez mais que devemos encher o nosso coração de recordações, de pedaços de ternura, de palavras e gestos que nos ajudarão, sem dúvida, a conseguir olhar por entre o nevoeiro que muitas vezes encobre o nosso quotidiano!
Acredito cada vez mais que ser feliz é ter a capacidade de sentir, de tocar e observar a belza escondida por detrás de pequenos momentos, aparentemente banais!
Acredito cada vez mais que saborear o passageiro nos transporta para o eterno!
Acredito cada vez mais que é no silêncio, na dor e na solidão que temos a capacidade de discernir o certo do errado e, como que por magia, constatar que essa tão desejada Felicidade sempre esteve ao nosso lado e que, muitas vezes, levados pela inconsciência de uma palavra mal dita, a podíamos ter destruído!
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Amo-vos muito... e agradeço-vos, aos dois, por me terem ajudado a perceber o quanto valho e o quanto quero ser ainda mais Feliz!
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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

O teu olhar...

(foto retirada)
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Amar Teus Olhos
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Podia com teus olhos
escrever a palavra mar.
Podia com teus olhos
escrever a palavra amar
não fossem amor já teus olhos.
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Podia em teus olhos navegar
conjugar os verbos dar e receber.
Podia com teus olhos
escrever o verbo semear
e ser tua pele
a terra de nascer poema.
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Podia com teus olhos
escrever a palavra além ou aqui
ou a palavra luar,
recolher-me em teus olhos de lua
só teus olhos amar. l
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Podia em teus olhos perder-me
não fossem, amor, teus olhos,
o tempo de achar-me.
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Carlos Melo Santos, in "Lavra de Amor"
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Amar os teus olhos é amar as estrelas e o luar, é mergulhar num mar repleto de mil tesouros por desvendar...
Amar os teus olhos é conseguir vislumbrar o infinito e até lá conseguir voar, ganhar asas, tocar na lua e sonhar...
Amar os teus olhos é simplesmente das cinzas renascer, é transformar qualquer mágoa em sorriso, é viver a sede da conquista e todos os medos afastar...
Amar os teus olhos é viver de mão dada com a ternura e só dela depender para respirar, é finalmente compreender o sentido de querer na vida vencer...
Amar os teus olhos é sonhar... acreditar... lutar... continuar... sorrir... agradecer!
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... agradecer o milagre que me permitiu esses teus olhos amar...
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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Amar por correspondência...

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Amanhã é o Dia dos Correios... a tua educadora pediu-me para que te enviássemos uma carta para a escolinha... actividade engraçada, original, ainda por cima numa época em que as cartas quase caíram em desuso, numa época em que as novas tecnologias cada vez destroem mais a magia e excitação que é abrir uma carta, expectante das palavras que lá estarão escondidas...
Esta foi a nossa carta para ti...
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…, 09 de Outubro de 2009

Minha flor,

Sabes o quanto o papá e a mamã gostam de ti… para eles, és e serás sempre a princesa mais linda do Mundo, a mais bonita flor que eles já viram!

Sabes, princesinha linda, os papás gostariam de poder estar mais tempo contigo, não ter que estar muitas vezes longe e não te poderem vir buscar à escolinha! Mas tu sabes que é por ti, que é simplesmente porque queremos, mais que tudo, que sejas sempre muito Feliz!
Já estás uma menina grande mas para nós, tu serás sempre o nosso bebé lindo, a nossa bonequinha!
Posso contar-te uma coisa? Temos muito orgulho de ti e olhar para ti é acreditar que o teu sorriso maroto e meigo estará sempre ao nosso lado…
És a minha melhor amiga e por isso nunca te podes esquecer que gosto muito de ti… daqui até à lua… e de volta até cá em baixo! Como a pequenina lebre, lembras-te?
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Um beijinho muito, muito grande do teus papás,

X. e D.
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(a carta original continha três fotografias que retirei... uma tua, uma de nós as duas e uma tua com o papá!)

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Saudades...

Se tu viesses ver-me...
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Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...
Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...
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Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri
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E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...
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Florbela Espanca
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Sim, meu amor, se estivesses aqui neste momento, apenas te pediria para mergulhares o teu olhar no meu para que, silenciosa e ternamente, conseguisses descobrir a saudade que tenho tido de ti...
Talvez se aqui estivesses, nesta hora de ausência, percebesses que ainda és a personagem principal da história que criei para nós e que todas as palavras, os actos, as lágrimas e a tristeza destes últimos tempos são somente a minha forma de te mostrar que és ainda o refúgio no qual necessito de me esconder, que és ainda o abraço em que me desejo aninhar, o rosto para o qual desejo olhar e nele toda a ternura com que para mim olhavas reencontrar!
Sim, meu amor, se estivesses aqui, talvez deixasse o meu orgulho de lado e te segredasse ao ouvido a beleza das nossas primeiras palavras e assim percebesses que por muitos momentos juntos que possamos desperdiçar em silêncios desnecessários, são desses mesmos momentos qu tenho saudades, porque simplesmente, mesmo calados, estamos juntos!
Talvez se aqui estivesses, e simplesmente para mim olhasses, com a mesma doçura de então, te diria que o simples facto de te imaginar longe de mim, faz com que as lágrimas caiam do meu olhar... tão triste já de chorar!