Lilypie Kids Birthday tickers
Lilypie First Birthday tickers

domingo, 3 de outubro de 2010

Todo o sempre...

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À hora de deitar, já de luz apagada, de (muita) conversa fiada para adiar o soninho:
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- Posso contar-te um segredo?
- Um segredo? Claro que podes, fofinha.
- Mas é mesmo um segredo. Não podes contar a ninguém! :)
- Sim, diz lá!
- Não podes contar a ninguém que sou a tua melhor amiga!!!
- Ai é? Que linda... e sabes...
- Sim, também não conto a ninguém que és a minha melhor amiga!
- Está bem...
- Mas é para sempre! Mesmo mesmo para sempre...
- Sim, linda, para todo o sempre!
- Mas olha que sempre é mesmo para sempre, para todo o sempre!
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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O teu olhar...

Olhar para ti é enternecedor... é acreditar em fadas, princesas, duendes e estrelas sorridentes! Apreciar o modo como te moves é acreditar que o mundo ainda pode ser fantástico e repleto de sonhos!

Todos os obstáculos se tornam insignificantes, todos os sacrifícios inúteis se, no fim, eu souber que o teu abraço estará à minha espera para me fazer acreditar!



Mergulhar no teu olhar é sentir o mar dentro de mim! Uma inexplicável mistura de sensações... paixão, amor, dor, desespero...
Mergulhar no teu olhar é tentar decifrar um mundo que só a ti pertence e do qual eu tanto desejo fazer sempre parte!

É a paixão arrebatadora, o amor sem fim, a dor pelas tuas lágrimas, o desespero de sentir que esse mesmo Mundo te possa fazer sofrer!

Mas, mais que tudo, o teu olhar é o meu mar, o meu porto, a praia onde repouso a admirar a mais bela obra que algum desejei criar!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Parabéns a mim...

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36 anos!
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Mais um ano... dias e mais dias de constante aprendizagem, de quedas, lágrimas, dores escondidas, medos sufocados!
Mais um ano... dias e mais dias de risos, olhares puros, sorrisos e muitas alegrias!
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Mais um ano e cada vez me apercebo do quanto a Vida ainda tem para me ensinar...
Ensinar-me a lidar com a hipocrisia, a maldade e as injustiças que invadem a alma das pessoas!
No entanto, agradeco-lhe poder desfrutá-la, de forma genuína e verdadeira. Agradeco-lhe por já conseguir perceber que esses sentimentos negativos não me podem afectar nem dificultar a vivência plena da minha Felicidade!
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Mas, mais que tudo, agradecer-lhe o tesouro que me ofereceu... TU!
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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Amor...


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Amo-te tanto, meu amor!
Será que os laços que nos unem, a idolatração que nutres por mim e os carinhos que trocamos serão eternos?
Será mesmo que tu sabes que mesmo por entre impaciências, cansaços e falta de tempo és e serás sempre a estrela que me guia por onde quer que eu vá?
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quarta-feira, 23 de junho de 2010

O Amor aos cinco anos e meio...

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À hora do jantar, pergunto-lhe, em jeito de brincadeira:
- Então J., tens algum namorado?
- Claro que sim! É o A.! :)
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Vira-se o pai, meio a sorrir, meio a sério:
- O quê? Tu não podes namorar... :)
- Mas, ó pai, tive que escolher um namorado para casar aos quinze! (!!!!!!)
- Como??? Casar??? Ui... isso só quando tiveres uns trinta! Até lá namorar, e só aos vinte e cinco! :)))
- Ai pai... deixa... confia em mim! Eu sei o que faço!
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Bem! O pai bem tentou responder, mas a risota foi tão grande que ficou sem palavras!
:)
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sexta-feira, 18 de junho de 2010

José Saramago...

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O país ficou mais pobre...
Perdemos o escritor que melhor conseguiu "contar" a verdadeira essência da condição humana...
Controverso, complexo, genuíno, transparente, sincero...
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Tenho muito orgulho em poder continuar a eternizá-lo na memória dos mais jovens, que depois de verem explicadas as teias complicadas das suas narrativas e entrar nas imagens escondidas nas entrelinhas, acabam por se deixar seduzir pela pureza e realismo das suas mensagens!
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Um valor documental que permanecerá... para sempre!
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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Declaração de amor...


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A passear, pediu qualquer coisa. Lá lhe expliquei que não podia ter tudo sempre que lhe apetecia, que não havia moedas para tudo e que, por isso, tinha de saber esperar.
O pai, na brincadeira, e também para ver o que ela respondia, disse-lhe:
- Já sei, J., vamos vender a mamã assim podemos comprar o que quisermos!
- Mas eu quero a minha mamã!
- Sim, mas ela deve valer muitas moedinhas :) e assim podemos comprar muitas coisas!
- Não, já disse que não, eu prefiro não ter nada e ter a minha mamã! (e agarrou-se às minhas pernas!)
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A sério, fiquei tão feliz por ela saber que ela prefere os sentimentos aos bens materiais! Acredito que foi a declaração de amor mais pura e genuína que recebi até hoje! :)
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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Gostar de ti... (5 anos e meio depois)




Gostar de ti dói... dói muito! É uma mistura alucinante de felicidade e dor! Olho para ti tantas vezes e pergunto-me como é possível todo o meu mundo se concentrar nesse olhar tão puro ainda! As tuas feições emocionam-me de tão perfeitas que são e questiono-me sobre a razão de um anjo me ter escolhido para mãe!

Amar-te é esperar, assustada e amedontrada, que este mundo tão frio e cruel em que vivemos, se deixe comover pela tua beleza e não seja demasiado mau para ti, que não te faça verter muitas lágrimas e que, mais que tudo, te deixe continuar a sonhar, como tens sonhado até agora!

Ser tua mãe é chorar as tuas tristezas, sofrer com as tuas possíveis dores, sufocar com os medos que me atormentam só de pensar que a tua pureza possa ser ferida ou posta em risco. É abafar a saudade que sinto cada vez mais de ti, do bebé que já foste, da menina traquinas e doce em que te transformaste, do milagre de te ter gerado!

Olhar para ti é ver o futuro nas minhas mãos e a responsabilidade infinita de tudo fazer para te proporcionar valores para encarares sempre a Vida e os outros com ternura e respeito! Ter-te nos meus braços é chorar em silêncio e suplicar ao tempo que me deixe sempre afundar-me no teu aroma e deliciar-me com os teus abraços do tamanho do Mundo!

Gostar de ti é uma luta constante entre o querer dar-te asas para voar cada vez mais alto e a agonia de te sentir crescer e caminhar para longe de mim!

É o querer-te perdidamente, feliz, mesmo que não seja perto de mim e as lágrimas que teimosamente rolam só de pensar que isso um dia vai acontecer!

Amo-te muito...

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Receios...

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Porque é que sempre que partes num passeio escolar fico assim, meio atordoada e de coração apertadinho?
Sei que te vais divertir, que estás em segurança mas o medo de não te conseguir proteger sempre supera tudo...
E dói... nunca pensei que Amar doesse a este ponto!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Inspiração (ou falta dela)...

Agora as palavras
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Obedecem-me agora muito menos,
as palavras. A propósito
de nada resmungam, não fazem
caso do que lhes digo,
não respeitam a minha idade.
Provavelmente fartaram-se da rédea,
não me perdoam
a mão rigorosa, a indiferença
pelo fogo-de-artifício.
Eu gosto delas, nunca tive outra
paixão, e elas durante muitos anos
também gostaram de mim: dançavam
à minha roda quando as encontrava.
Com elas fazia o lume,
sustentava os meus dias, mas agora
estão ariscas, escapam-se por entre
as mãos, arreganham os dentes
se tento retê-las. Ou será que
já só procuro as mais encabritadas?
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Eugénio de Andrade
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E é assim que me sinto neste momento, prisioneira de milhares de palavras que teimam em enclausurar-se dentro do meu peito, sem haver maneira de quererem saltar para o papel!
Sinto-me rodeada de sentimentos e emoções que desejo a todo o custo transformar em palavras mas estas não o permitem, fogem de mim como nunca o fizeram!
Vou esperar... esperar que voltem de novo para quem sempre as acarinhou. Esperar que voltem a ser a minha arma para pintar o meu mundo, que me deixem novamente fazer delas o meu porto de abrigo!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Amizade...

Enquanto houver amizade
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Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.
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Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um de outro se há-de lembrar.
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Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.
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Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.
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Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.
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Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.


Albert Einstein
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Entristece-me e dói-me verificar que cada vez mais a palavra Amizade vai sendo destruída pelo egoísmo e pala falsidade das pessoas!

sexta-feira, 26 de março de 2010

Estudar...

A minha princesa anda numa fase em que quer a todo o custo desenhar as letras de forma perfeita... E é tão giro ver o empenho com que dedica à tarefa! Com a sua mãozita esquerda, lá preenche páginas e páginas de letras (maúsculas e miúsculas, como ela diz) com uma dedicação que eu gostaria que se prolongasse ao longo de todo o seu percurso escolar.
No entanto, se há coisa de que não tenho pressa, é que ela cresça... não quero que deixe de ser criança cedo demais, que a sua ânsia de não falhar se sobreponha à necessidade de sonhar!
Ontem, depois de ter preenchido umas três páginas com letras e mais letras (sem antes ter chorado baba e ranho porque não fazia as letras da mesma forma que a educadora, porque "sim, tu és pofessora, mas não és pofessora dos meninos da creche"!), elogiei-a pela perfeição do seu trabalho e disse-lhe que podia ir brincar, que podia ir ver um pouco os desenhos animados.
Muita séria e admirada (sim, de facto, meu amor, quem me dera poder fazer o mesmo no meu dia-a-dia!) diz-me ela:
- Mas ó mamã, eu tenho que estudar!
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Ó meu amor, vai brincar, a sério! Não percas nunca esse entusiamo mas não queiras deixar de ser tão rapidamente a minha menina... E não estranhes a mamã ficar admirada com tanto empenho e dedicação! É simplesmente porque em dez anos, nos seus muitos alunos, a mamã quase já não consegue acreditar que ainda possa existir tanto desejo em aprender, em querer saber sempre mais! :)

sábado, 13 de março de 2010

Momentos...


A minha princesa teve um dia em cheio... de manhã (apesar de não ter estado com a mamã, que até ao sábado tem de ensinar os meninos grandes) foi para o ballet! E como esta minha pequena bailarina irrequieta gosta de entrar no mundo mágico da música e dos passos mágicos da arte da dança! Depois de almoçar, finalmente o parque... uma tarde no parque com a mamã! Que felicidade! Como é preciso tão pouco para te fazer feliz... O sol maravilhoso finalmente permitiu uma tarde de correrias pela erva, viagens de baloiço até à lua, lanchinho ao ar livre, uma tarde "para apanhar ar fresco", como tu própria disseste! :)
À noite, noitada com a vovó... foste tu para os mimos dos quais eu própria tenho saudades, foste tu ser a criança que já fui e adormecer perto de quem eu tantas vezes ainda gostaria de me deitar também!
Assim sendo, uma noite a dois para os papás que aproveitaram para dar um passeio... e se o silêncio da casa me faz ter saudades da tua presença, o estar com o papá, nestes pequenos momentos só nossos, também me faz bem, para nos olharmos, conversarmos, reencontrarmos depois da agitação por vezes estonteante do dia-a-dia!
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E para sentir ainda mais que a minha vida não faz, de facto, mais sentido se, amanhã, não pudesse ir buscar-te para te envolver num abraço sem fim!

sábado, 6 de março de 2010


Rotação
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É nos teus olhos que o mundo inteiro cabe,
mesmo quando as suas voltas me levam para longe de ti;
e as outras voltas me fazem ver nos teus
os meus olhos, não é porque o mundo parou, mas
porque esse breve olhar nos fez imaginar que
só nós é que fazemos o mundo andar.
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Nuno Júdice
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É nos teus olhos que o meu mundo nasce... se tu soubesses o quanto me ensinas, meu anjo! Todos os dias cresço contigo, aprendo na tua doçura e na beleza do teu rosto que o meu Mundo só tem valor com o brilho e ternura do teu olhar!

segunda-feira, 1 de março de 2010

A princesa e o sapo...

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No fim-de-semana, pela primeira vez, foste ao cinema com o papá e a mamã... uma tarde divertida, que te deixou felicíssima e a nós surpreendidos! Sim, portaste-te que nem uma menina crescida...
Pensava que seria difícil aguentares um filme inteiro sentada, uma vez que energia é algo que não te falta! Mas não, aguentaste e adoraste a história da princesa e do sapo... claro! Não vivesses tu num constante conto de fadas!
Sabes, meu amor, adorei a tarde... as tuas gargalhadas sonoras a meio do filme, os teus comentários à história deixaram-me com o coração cheio!
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Que olhes sempre para o céu... para as estrelas... para a lua! Que esta tua visão tão cor-de-rosa do Mundo nunca se altere... Quem me dera, daqui a muitos anos, ouvir-te ainda dizer, como dizes muitas vezes, que gostas "do céu, das flores, da lua, do sol... do Mundo todo!"
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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Abraçar o meu Mundo...

Hoje para ti e só consigo pensar em como é possível teres crescido tanto. Ainda há pouco tempo eras um bebé pequenino, doce e ternurento! A minha bebé...
Agora, olho para ti e vejo diante dos meus olhos a imagem da princesa com que sempre sonhei, de quem sempre desejei ser a mamã! Estás tão linda... não posso negar que fico embevecida quando admiro o teu rosto e me apercebo da perfeição dos teus traços!
Sinto-me tão impotente perante a doçura que deixas transparecer, toda tu és meiguice, apesar das asas terem ganho tamanho e quererem cada vez mais voar sozinhas. Tento que o medo de que algo de mau te aconteça não me invada o coração e impeça, dessa forma, de te deixar crescer livre, de te deixar conquistar o Mundo, que tu consideras tão belo, segundo as tuas próprias palavras!
Ainda te consigo aninhar no meu colo, apesar de já sobrarem tanto braço e perna, ainda consigo sentir-me o teu porto de abrigo mas, de vez em quando, dá-me uma súbita vontade de fazer parar o tempo e manter-te juntinha a mim, menina dos meus sonhos, ainda tão dependente dos meus afectos!
Mas sabes, meu amor? Tenho tantas saudades de ti pequenina, tenho tantas saudades de ti bebé!
Olho para esta imagem, mergulho nas que o meu coração guarda religiosamente dentro de si e sinto uma saudade imensa... uma saudade enorme de voltar a ver a Vida nascer de dentro de mim, de voltar a amar cada pedacinho de um ser desconhecido que de nós nasceu, de apaixonar-ne de novo como nunca pensei ser possível, de sentir outra vez este Amor desmesurado e infinito, este turbilhão alucinante de emoções que é ser Mãe!
Quero sentir de novo que do meu ventre o Mundo pode tornar-se mais belo se desse mesmo ventre é o meu Mundo que nasce com um choro de alegria e emoção!
Sim, minha princesa, és e serás sempre o meu primeiro amor, o mar desconhecido que decidi percorrer e que o céu me proporcionou! Disso podes ter sempre a certeza... foi contigo que aprendi a Amar, foste tu quem me ensinou que podemos ter o Mundo nos nossos braços, num simples abraço teu!
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Será que ainda vou poder sentir que o milagre da vida pode nascer de mim? Será que do meu ventre poderá nascer ainda quem me ensinará a encarar ainda de forma mais bela o meu Mundo?
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sábado, 20 de fevereiro de 2010

Lágrimas do Mundo...

Olho à minha volta e só consigo ver as lágrimas que tristemente rolam pelos rostos desvastados pela dor e pelo sofrimento... Pelos rostos desesperados de quem se vê, repentimente, rodeado de uma paisagem digna de um filme de terror, retirada certamente de qualquer poesia mórbida!
O Mundo, escondido e assustado, contorce-se de mágoa... por momentos gostaria de desaparecer, fugir da tristeza e da desilusão que sente perante os destroços de si que cada vez mais o deixam debilitado e sem forças para continuar!
Esconde-se e chora... como pode a Vida Humana ter chegado a este incompreensível estado de destruição? Como podem os sorrisos e as alegrias que outrora provocara terem sido esmagados por tal onda de desastres e tragédias?
Incrédulo, o Mundo chora baixinho... sem que ninguém o veja! Sabe que o culpam mas não sabem é que as suas lágrimas escondem as saudades da sua infância repleta de sonhos e ilusões...
Desesperadamente, tenta-se agarrar às suas lembranças, aos seus tempos primórdios, quando, ainda inseguro e frágil, dava os seus primeiros passos para aquela linha ténue que ele via ao longe no firmamento e que ele, ingenuamente, julgava ser a Eternidade!
Ele sabe, sim, ele tem consciência de que tudo tentou para que os Homens que em si e consigo decidiram viver tudo possuiam para ser crianças livres, abraçadas com carícias de um Amor único e infinito... o seu!
Tudo deu para que a Felicidade e a Paz invadissem os seus corações e lhes permitissem sentir-se privilegiados por possuir um lar tão belo e mágico, com paisagens directamente retiradas de um conto de encantar... um céu repleto de estrelas para contemplar, oceanos e oceanos de luz onde milhares de sonhos poderiam desenhar, uma Natureza rica e bondosa, montanhas, campos, flores...
Ele sabe que muito mais não durará a sua beleza! No meu profundo de si, desejava poder voltar ao ventre materno, mar imenso de afectos e perfeição, e assim poder renascer... Talvez assim pudesse mudar os sentimentos e as vontades humanas, talvez assim lhes conseguisse mostrar que destruí-lo é destruir-se, é derrubar o seu próprio lar, é ferir o que nunca mais poderá ser sarado! Sim, se renascesse, poderia ele mostrar novamente o seu dom sem que, dessa vez, os homens o ignorassem e insistissem em fazer dele um lugar tão feio e assustador...
Mas os sonhos não passam mesmo disso, de meras ilusões que se criam para poder manter a fé de que um dia tudo poderá voltar a ser o que já foi e essa ilusão, o Mundo conhece-a, já bebeu demasiadas vezes do seu veneno...
Por isso, o Mundo chora baixinho, espectador aterrorizado com o seu próprio fim... as suas lágrimas queimam e mostram uma tristeza sem fim, porque ele sabe que nunca mais poderá voltar a ser o que era, nunca mais o seu poder conseguirá fazê-lo levantar por entre tantos destroços...
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Eu, sozinha com estas imagens à minha frente, choro baixinho em silêncio, como o Mundo, indignada e assustada com o seu Futuro!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Princesa...

(foto retirada)
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Hoje é dia de festa na escolinha... desfile de Carnaval, lanchinho para "partilhar", como tu dizes, ou seja, um dia em grande...
Foste de princesa, não te vi. Saí de casa ainda nanavas! Logo, desforro-me... Mas também não é preciso esperar por este dia para te ver disfarçada de princesa!
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Afinal de contas, és uma princesa todos os dias, não és?
A mais bonita e ternurenta princesa do mundo... :)
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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Momentos...

Há momentos que eu não trocaria por nenhuma riqueza deste mundo... como a sensação de paz e bem-estar que me invade quando as tuas mãozinhas acariciam o meu rosto ou, quando o dia ainda mal acabou de acordar do seu sono, sinto os teus braços envolverem-me num abraço repleto de ternura...

Nesses momentos, apenas consigo sentir o milagre da tua existência, admirar a beleza e perfeição do teu rosto, decorá-lo ao mais ínfimo pormenor, "embriagar-me" com o teu aroma de menina e constatar que a Felicidade está escondida por detrás do brilho do teu olhar!

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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Alegria e tristeza...

Ontem, foste com os amiguinhos da escola até ao Porto ver uma peça de teatro!
Estavas ansiosa, há dias que me perguntavas quando chegava finalmente a quarta-feira!
Claro que gostaste da experiência e eu, apesar do receio que inevitavelmente sinto sempre que fazem estas viagens (afinal de contas são mais de 120 Km, ida e volta), sinto-me feliz por te poder proporcionar estes momentos de lazer e cultura, fico satisfeita por ver que desde pequeninos se tenta incutir em vós o gosto pela arte, nas suas diversas formas...
À noite, pouco estiveste comigo e, deste modo, não te ouvi recontar-me a história! A mamã tinha de sair pouco depois de chegares!
No último mês, tens reagido relativamente bem a estas ausências forçadas da mamã por motivos profissionais mas ontem, não sei se do cansaço, se do acumular das saudades, desataste a chorar a dizer que não querias que eu saísse!
E é nestas alturas que me sinto pequenina, incapaz de lidar com o turbilhão de sentimentos que se geram em mim...
Como posso eu causar-te tanta alegria e tristeza ao mesmo tempo? Perdoar-me-ás um dia?
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Quando regressei, ainda estavas acordada à minha espera... enroscámo-nos uma na outra e depois de cinco minutos de pura ternura e beijinhos sem fim, adormeceste nos meus braços... o meu anjo, a minha benção, o meu milagre! Eu, sorrateiramente saí da cama e sufoquei as lágrimas que tentavam escapar...
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domingo, 24 de janeiro de 2010

Parabéns, mamã!

(foto retirada)
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Falar de ti é falar do aconchego que (ainda) me faz falta nas noites em que tudo daria para adormecer novamente ao teu lado, como costumava fazer quando era pequenina...
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Falar de ti é falar do teu perfume, que me acompanha nos sonhos sempre que desejo enroscar-me nos teus mimos, como costumava fazer quando era pequenina...
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Falar de ti é sentir a tua pele macia que eu adoraria encher de beijinhos mas que o tempo agora não me permite, abracar-te e sentir-me num castelo onde tudo é magia e cor, como costumava fazer quando era pequenina...
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Falar de ti é falar do teu rosto, esse rosto excessivamente belo que guardo no meu pensamento, sempre intacto e deslumbrante, esse rosto que nunca mudará para mim, passe o tempo que passar, pois é o rosto do meu Mundo, é o meu espelho, uma das minhas fontes de inspiração, um rosto demasiado belo e precioso para que eu o deixe de ver como quando eu era pequenina...
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Falar de ti é falar de mim, de tudo o que sou, de tudo o que me deste e continuas a dar, é falar dos momentos em que me aconselhas, em que não me compreendes, em que me ralhas, como quando eu era pequenina...



Falar de ti é difícil, não és fácil de definir... quantas vezes olho para ti e sinto que nunca conseguirei entrar nesses recantos só teus para te conhecer ao ínfimo pormenor, para te saber as tristezas e as dores pelas quais já passaste e que eu nunca conseguirei apagar, só mesmo tentar atenuar com a minha presença, como quando era pequenina...



Falar de ti é sentir que mil palavras se amontoam no meu pensamento pois cada uma se sente mais poderosa que a outra para descrever este Amor infinito que me une a ti, embora tantas vezes chore em silêncio por achar que não conheces a verdadeira essência da tua filha, daquela que te idolatra e idolatrará sempre, como quando era pequenina...



Falar de ti é sentir que poderia estar aqui, horas a fio, a tentar passar para palavras este laço inquebrável que me prende a cada pedacinho de ti e sentir, simultaneamente, que nunca o conseguiria pois és, para mim, como um vulcão em chamas, poderesoso e capaz de mover tudo à sua frente com uma força inexplicável mas, ao mesmo tempo, um mar de carícias, carinho e ternura no qual adoro me afogar, como quando era pequenina.



Falar de ti é, simplesmente, amar-te mais do que algum tu possas sequer imaginar ou mais do que algum dia eu te consiga mostrar mas, acima de tudo, é ter a certeza que olhando para esta imagem, sinto que toda a minha infância revejo e revivo, pois agora é o meu amor pequenino que mais se delicia com os teus mimos, com a tua atenção...
Sim, porque o meu maior orgulho, sabes, é seres agora a avó da minha pequenina!
(e acho que com isto te disse tudo, não disse, mamã?)
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Parabéns, mamã!
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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Paz de espírito...

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(foto retirada)
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Nestes últimos tempos, não tenho tido muito tempo para nada... saio ainda tu dormes e, quando chego, às vezes é só mesmo o tempo de me deitar uns minutos na tua cama para que adormeças, já que lá te encontras à minha espera, uma vez que o papá te preparou antes!
Apesar do cansaço que se tem acumulado, das muitas horas de trabalho, sinto-me, por estranho que pareça, calma, feliz, em harmonia comigo mesma...
Não sei explicar... talvez o facto de fazer o que mais gosto, das oportunidades terem surgido como recompensa do meu valor e empenho, de me fazerem sentir que realmente valho muito façam com que eu sinta que vale a pena o sacrifício!
Claro que muitas das forças, vou buscá-las a este olhar que me maravilha sempre mais a cada dia que passa! Sim, penso que é, antes de tudo o resto, nele que vou encontrar a vontade necessária para batalhar por algo mais e melhor, é nele que repouso o meu quando necessito de paz de espírito para continuar!
Por vezes, é-me tão difícil expressar a magnitude das sensações, deste turbilhão de emoções que o teu rosto provoca na minha Vida...
De facto, este olhar terno e sonhador é o mar onde mergulho nas horas de solidão, é o Horizonte que vislumbro repleto de sonhos e metas por alcançar, é a melodia que ecoa docemente nos meus ouvidos sempre que a saudade aperta, é a Luz que me acompanha sempre que a escuridão teima em querer voltar!
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Se tu soubesses, meu amor...
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Só te posso agradecer pela força que me transmites, pela pessoa melhor em que me transformaste, pelo Mundo mágico e bem mais colorido em que me fazes viver, por me fazeres sentir que tudo vale a pena se é para te fazer feliz ou simplesmente para fazer o teu olhar brilhar ainda mais!
Obrigada, fofinha, pela paz de espírito que há tanto tentava sentir e que, nestes últimos tempos, me tem ajudado a sorrir com mais entusiasmo! Amo-te tanto, se soubesses!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Saudades...

(foto retirada)


A um ausente
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Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.
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Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?
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Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.
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Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste
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Carlos Drummond de Andrade
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Apesar de me considerar feliz por possuir tudo o que sempre desejei, um amor único e verdadeiro onde posso repousar o meu cansaço e enterrar a minha tristeza,
apesar de sentir-me abençoada por poder mostrar o que valho a cada dia que passo e, no fim, ainda ter direito àqueles abraços puros que só me consegues dar,
apesar de sentir que sou uma privilegiada por poder, após horas a mais de trabalho, regressar a um lar construído por nós e pintado agora com o eco das nossas vozes, decorado com pedacinhos de nós que o tempo irá eternizar e com o som das gargalhadas dela que a esse lar toda a vida consegue dar,
sinto-me muitas vezes prisioneira das saudades que insistem em não me deixar reencontrar-me comigo própria ou ser o que sou e não o que aparento ser...

Ferem tanto que me apetece simplesmente saltar até ao céu e arrancar desesperadamente de lá todas as estrelas que me pertencem... aquelas cujo brilho me põe, na escuridão acolhedora da noite, os olhos a brilhar no desejo absurdo e doloroso de as poder novamente abraçar... para assim, infantilmente, poder acreditar que, por instantes, ao passado poderia regressar, para de novo me sentir completa, com mais vontade ainda de Sonhar... bastava um abraço, um beijo, um toque, um simples olhar... e sei que toda esta Saudade iria atenuar!
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sábado, 9 de janeiro de 2010

Afectos...

(foto retirada)
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Se até há muito pouco tempo, a mamã era o centro do seu Mundo e dos seus afectos, se para tudo ou mais alguma coisa, por mais insignificante que fosse, a minha presença era a mais desejada, ultimamente assisto enternecida (e com uma pontinha de cíume!:)) ao nascer de uma cumplicidade encantadora entre a princesa e o papá!
A mamã continua, sem sombra de dúvidas a dar o colo necessário para que as lágrimas cessem, a mamã continua a ser a companhia exigida para quando o sono é interrompido a meio de uma noite, mas o papá agora é o maior!
Se por um lado deixar de ter exclusividade na expressão dos teus carinhos deixa-me nostálgica, por outro sinto-me orgulhosa e embevecida quando vejo os abraços que trocam, os mimos que partilham, as brincadeiras que juntos inventam, os beijos que lhe roubas quando ele está prestes a sair do quarto à noite antes de ficarmos as duas à espera que o sono te leve para o mundo mágico dos sonhos, o constante o meu papá é lindo, o meu papá é o maior, o meu papá é giro!
Nos últimos anos, pouco tempo passavas com o papá, embora a tua adoração por ele sempre tenha existido! Agora que ele está mais presente, a vossa cumplicidade cresce a cada dia que passa e acredita, meu amor, que esse laço deixa-me muito feliz!
No fundo, a vossa relação sempre foi uma linda e frágil flor, a quem somente faltava ser "regada" pelo necessária e justa partilha de momentos de carinho e afectos...
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Amo-vos muito!

sábado, 2 de janeiro de 2010

Ser criança...

(foto retirada)-
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Já tantas vezes me disseram que ainda és muito infantil, que vives num mundo de fantasia, que acreditas que o Mundo que te rodeia é um imenso jardim repleto de sonhos e fantasias,
OuNegritotros dizem que ainda és sonhadora, princesa de um castelo de fadas e duendes, que os teus olhos brilham quando a tua imaginação te leva para nuvens de carinho e ternura sem fim.
Acham eles que deverias sair desse cor-de-rosa de que é pintado o teu mundo, enfim, crescer... começar a perceber que a realidade não sai dos teus contos de fada nem é pintada com as cores suaves dos teus sorrisos!
Não pensam eles que, de facto, não passas mesmo de uma menina e que é assim que tem de ser? Que ter 5 anos é voar, sonhar, acreditar que é possível tocar o sol e a lua e nas nuvens de algodão se deitar?
Acham mesmo eles que vou ser eu que te vou cortar as asas do pássaro livre que ainda podes ser? Que sou eu que te vou, antecipadamente, fazer mergulhar na escuridão em que a realidade se vê tantas vezes mergulhada?
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Não, meu amor, não quero que cresças rápido, quero que, enquanto possível for, continues a acreditar que há anjos e fadas que te acarinham, princesas e duendes que te acompanham...
E que sim, que o mundo, enquanto tu o assim encarares, pode ser cor-de-rosa!
Porque sabes, minha, princesa, o que eles não sabem ou não pensam, é que o mais me orgulha em ti é essa tua capacidade de transformar tudo o que rodeia em pura magia, que a tua ternura é o meu maior orgulho, que a tua meiguice enternece-me mais que tudo no mundo e que, acima de tudo, serás mais um ano criança, sem preocupações nem responsabilidades, se assim eu o desejar...
É que eles não sabem que eu não tenho nem nunca terei pressa de que faças tudo antes dos outros, eles não sabem que tudo o que eu desejo neste momento é que sejam mesmo isso que eles dizem:
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...uma "menina" criança ávida de sonhar...