Francis lalanne - le passage
-
Promets-moi, si tu me survis, d'être plus fort que jamais
Promete-me, caso parta antes de ti, de ser mais forte que nunca
Je serai toujours dans ta vie près de toi, je te promets
Estarei para sempre na tua vida, perto de ti, prometo-te
Et si la mort me programme sur son grand ordinateur
E se a morte me programar no teu grande computador
De ne pas en faire un drame, de ne pas en avoir peur
Tenta não dramatizar, não ter medo
Pense à moi comme je t'aime et tu me délivreras
Pensa no amor que sinto por ti e libertar-me-ás
Tu briseras l'anathème qui me tient loin de tes bras
Quebrarás a maldição que me mantém longe do teu abraço
Pense à moi comme je t'aime, rien ne nous séparera
Pensa no amor que sinto por ti e nada nos separará
Même pas les chrysanthèmes, tu verras, on se retrouvera
Nem mesmo os crisântemos, verás, reencontrar-nos-emos
N'oublie pas ce que je t'ai dit : l'amour est plus fort que tout
Nunca esqueças do que te disse: o Amor é mais forte que tudo
Ni l'enfer ni le paradis ne se mettront entre nous
E nem o inferno nem o paraíso se porão entre nós
Et si la mort me programme sur son grand ordinateur
E se a morte me programar no seu grande computador
Elle ne prendra que mon âme mais elle n'aura pas mon cœur
Ela só conseguirá a minha alma mas nunca terá o meu coração
Pense à moi comme je t'aime et tu me délivreras
Pensa no amor que sinto por ti e libertar-me-ás
Tu briseras l'anathème qui me tient loin de tes bras
Quebrarás a maldição que me mantém longe do teu abraço
Pense à moi comme je t'aime rien ne nous séparera
Pensa no amor que sinto por ti e nada nos separará
Même pas les chrysanthèmes, tu verras : on se retrouvera
Nem mesmo os crisântemos, vais ver: reencontrar-nos-emos
On se retrouvera on se retrouvera
Reencontrar-nos-emos, reencontrar-nos-emos!
-
-
Chorei, chorei tanto... na varanda, com as estrelas e a lua a presenciar este momento de reencontro comigo própria e com os sentimentos que tanto tentei abafar, olhei para longe, para a imagem da casa que encerra todos estes sentimentos, que simboliza a minha infância, os carinhos e afectos que tanta falta me fazem e deixei correr o rio de lágrimas que o meu coração necessitava de libertar! Senti-me tão vazia, tão estupidamente sozinha! Aquela casa vazia, sem vida, sem os cabelos branquinhos e o rosto repleto de doçura a acariciar-me a face ou a simplesmente deixar-me aninnhar no seu regaço, em silêncio... que saudade! Porque é que tem de ser assim? Porque temos nós de criar laços ao longo da vida se ela mesma egoistamente encarregar-se-á de nos retirar? Nada faz sentido...
Adoraria ter o dvd do filme, poder revê-lo na íntegra, à distância de vinte anos, e deixar-me levar pelas lágrimas... chorar novamente. Muito! Pelos menos até ao ponto de me reencontrar comigo própria, de fazer as pazes com a vida e o seu curso, de me consciencializar que esta é a ordem natural das coisas, que temos simplesmente de aceitar e encontrar as forças necessárias para continuar, mas não consigo! Neste momento não... tenho medo... medo que o resto do meu castelo também seja igualmente levado pelas asas traiçoeiras da vida!
Penso que, neste momento, preciso de chorar. Chorar a saudade que me machuca, chorar a ausência que fere e destrói, chorar somente para aliviar o vazio que se gerou em mim, chorar unica e simplesmente o que não chorei quando as partidas me deixaram desamparada e assustada!