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sexta-feira, 29 de maio de 2009

Aperto e saudades...



Francis lalanne - le passage

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Promets-moi, si tu me survis, d'être plus fort que jamais
Promete-me, caso parta antes de ti, de ser mais forte que nunca
Je serai toujours dans ta vie près de toi, je te promets
Estarei para sempre na tua vida, perto de ti, prometo-te
Et si la mort me programme sur son grand ordinateur
E se a morte me programar no teu grande computador
De ne pas en faire un drame, de ne pas en avoir peur
Tenta não dramatizar, não ter medo
Pense à moi comme je t'aime et tu me délivreras
Pensa no amor que sinto por ti e libertar-me-ás
Tu briseras l'anathème qui me tient loin de tes bras
Quebrarás a maldição que me mantém longe do teu abraço
Pense à moi comme je t'aime, rien ne nous séparera
Pensa no amor que sinto por ti e nada nos separará
Même pas les chrysanthèmes, tu verras, on se retrouvera
Nem mesmo os crisântemos, verás, reencontrar-nos-emos
N'oublie pas ce que je t'ai dit : l'amour est plus fort que tout
Nunca esqueças do que te disse: o Amor é mais forte que tudo
Ni l'enfer ni le paradis ne se mettront entre nous
E nem o inferno nem o paraíso se porão entre nós
Et si la mort me programme sur son grand ordinateur
E se a morte me programar no seu grande computador
Elle ne prendra que mon âme mais elle n'aura pas mon cœur
Ela só conseguirá a minha alma mas nunca terá o meu coração
Pense à moi comme je t'aime et tu me délivreras
Pensa no amor que sinto por ti e libertar-me-ás
Tu briseras l'anathème qui me tient loin de tes bras
Quebrarás a maldição que me mantém longe do teu abraço
Pense à moi comme je t'aime rien ne nous séparera
Pensa no amor que sinto por ti e nada nos separará
Même pas les chrysanthèmes, tu verras : on se retrouvera
Nem mesmo os crisântemos, vais ver: reencontrar-nos-emos
On se retrouvera on se retrouvera
Reencontrar-nos-emos, reencontrar-nos-emos!
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Esta música faz parte da banda sonora do filme "Le passage"... um filme que há uns vinte anos atrás marcou a minha adolescência, uma história de um Amor que nem a Morte consegue destruir, a prova que as recordações nos manterão eternamente ligados a todos aqueles que partiram mas cuja saudade é impossível de quebrar!
Lembro-me como se fosse ontem que, na altura, chorei. Muito! Um filme comovente, enternecedor, que, de forma sublime, retrata o Amor que une pai e filho e, mais que tudo, nos mostra de forma fantástica e simbólica que as recordações, os momentos guardados no nosso coração são a mais poderosa arma que possuimos para combater a dor e o sofrimento que a ausência física de quem amamos nos provoca!
Um destes dias, em pesquisas sobre músicas francesas para trabalhar em contexto sala de aula, lembrei-me de pôr na pesquisa o título da música, que nem passados estes anos todos, tinha desaparecido da minha memória! Deparo-me com um excerto do filme, acompanhado da respectiva música!
Sem sequer as conseguir controlar, as lágrimas saltaram, chorei novamente como uma criança! Este foi, sem dúvida, um dos filmes que mais me marcou!
Era uma adolescente quando o vi, estava num país que carinhosamente recordo como meu durante uns anos, por isso, é claro que as saudades do tempo passado então, das amizades dessa época tão especial, desse próprio país que durante alguns anos me acolheu também ajudaram em muito a esta explosão de sentimentos...

No entanto, a forma como absorvi agora as imagens de um filme visto a primeira vez tinha eu talvez uns treze anos também mudou drasticamente... a imagem infantil de encarar a vida que ainda tinha nessa altura foi, como é óbvio, destruída pelas partidas às quais a minha vida já assistiu, pelo amadurecimento enquanto ser humano, pelo crescimento e pelas dolorosas perdas que tenho vindo a sofrer nos últimos anos!
Tenho o horrível defeito de sufocar a tristeza, de impedir as lágrimas de rolar quando deveria deixá-las correr para aliviar a dor, tenho esta estúpida mania de fugir do sofrimento, pensando que assim nada me afectará, fingindo que a vida continua o seu rumo! Se por pequeninas coisas insignificantes passo facilmente do riso às lágrimas, quando a vida me destrói os sonhos, me rouba os afectos, eu fujo... refugio-me numa concha que julgo inquebrável!
Ultimamente, a concha, talvez de tão cheia estar, começou a deixar extravasar tudo o que durante anos foi guardando em si!
Assim, quando me deparei com as imagens do filme e, de forma agora mais adulta, prestei atenção à letra da banda sonora, a saudade que me tem vindo a atormentar ao longo destes últimos tempos explodiu, apertou-me de uma forma tão violenta que foi-me impossível abafar as lágrimas!

Chorei, chorei tanto... na varanda, com as estrelas e a lua a presenciar este momento de reencontro comigo própria e com os sentimentos que tanto tentei abafar, olhei para longe, para a imagem da casa que encerra todos estes sentimentos, que simboliza a minha infância, os carinhos e afectos que tanta falta me fazem e deixei correr o rio de lágrimas que o meu coração necessitava de libertar! Senti-me tão vazia, tão estupidamente sozinha! Aquela casa vazia, sem vida, sem os cabelos branquinhos e o rosto repleto de doçura a acariciar-me a face ou a simplesmente deixar-me aninnhar no seu regaço, em silêncio... que saudade! Porque é que tem de ser assim? Porque temos nós de criar laços ao longo da vida se ela mesma egoistamente encarregar-se-á de nos retirar? Nada faz sentido...

Adoraria ter o dvd do filme, poder revê-lo na íntegra, à distância de vinte anos, e deixar-me levar pelas lágrimas... chorar novamente. Muito! Pelos menos até ao ponto de me reencontrar comigo própria, de fazer as pazes com a vida e o seu curso, de me consciencializar que esta é a ordem natural das coisas, que temos simplesmente de aceitar e encontrar as forças necessárias para continuar, mas não consigo! Neste momento não... tenho medo... medo que o resto do meu castelo também seja igualmente levado pelas asas traiçoeiras da vida!

Penso que, neste momento, preciso de chorar. Chorar a saudade que me machuca, chorar a ausência que fere e destrói, chorar somente para aliviar o vazio que se gerou em mim, chorar unica e simplesmente o que não chorei quando as partidas me deixaram desamparada e assustada!

terça-feira, 26 de maio de 2009

4 anos e meio do nosso amor...

(foto retirada)
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Por vezes, deixo que a brisa me venha acariciar levemente o rosto. Deixo-me levar pelo turbilhão de emoções que invade o meu coração e o meu pensamento voa para longe. Olho os pássaros que livremente percorrem o horizonte e, por momentos, desejo agarrar-me às suas asas e voar!
Subitamente, como num sonho, sinto-me a ser transportada ao ritmo do vento e uma enorme sensação de paz percorre o meu corpo. Diante dos meus olhos, qual miragem, vejo o teu rosto desenhar-se, lentamente, cada traço delineado ao pormenor, com pinceladas suaves, para não destruir a perfeição da tua imagem!
Olho enternecida para ti, para a imagem da criança que outrora fui e que agora vejo crescer enroscada no meu colo, abraçada no meu pescoço, animhada nos meus braços.
Sinto-me um pintor que, ansioso, esperou pela desejada obra de arte, aquela que colmataria todos os erros cometidos, aniquilaria as imperfeições e as dúvidas, as tentativas falhadas, os erros cometidos, os sonhos adiados.
Olho para ti e sinto-me privilegiada, a tua perfeição deixa o resto do Universo envergonhado por se sentir incapaz de igualar a tua beleza. Nem a ternura da lua , nem as estrelas cintilantes, nem o sol deslumbrante conseguem brilhar e encher o Mundo de cor como tu o fazes!
O teu olhar deixa transparecer uma ternura sem fim e no seu brilho vislumbro mil sonhos por realizar, um céu inteiro por pintar e um futuro misterioso por desenhar.
Sinto-me pequenina e indefesa perante a grandiosidade do Amor que me une a ti, sinto-me prisioneira de laços que nunca julguei existir, sinto-me impotente perante a violência dos sentimentos que arrebatam o meu coração e me fazem mergulhar no mar turbulento das indestrutíveis emoções que a teu lado vou descobrindo!
Olho para trás, não consigo já conceber a minha vida sem a tua presença, sem a magia do teu toque e sem o milagre que é a tua existência para mim.
Quatro anos e meio de lágrimas, sorrisos, medos, descobertas, conquistas e ainda sou incapaz de transformar em palavras esta dor no peito, que me fere e me faz viver!
Olha para mim, meu doce, posso não conseguir pô-lo em palavras mas, quando numa noite calma de verão olhares para a lua, lembra-te que é por ti que continuo a amar, a acreditar, a lutar, a sorrir, a chorar e, mais que tudo, a desejar que um dia a inspiração chegue para um dia te conseguir mostrar que a perfeição, afinal, pode ser desenhada... basta o teu rosto contemplar!

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Amo-te muito, meu amor... nunca duvides, mesmo quando constatamos que nem sempre o Amor é um sentimento fácil!
O nosso é tão difícil e doloroso por vezes!
É verdade que nem sempre sorrimos, nem sempre brincamos, nem sempre a paciência é suficiente!
É verdade que também há vezes que ralhamos, choramos, desesperamos!
A caminhada não é fácil, educar-te é o maior e rigoroso desafio, mas se há algo de que nunca me poderás acusar é de não te amar o suficiente!
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Lembra-te sempre... daqui até ao céu, à lua, às estrelas, ao infinito!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Carochinha... (versão Joaninha)

«Era uma vez uma Carochinha que estava a varrer à porta da sua cozinha... Encontrou uma moeda generosa e pensou: "Posso comprar qualquer coisa para ficar mais bonita!"
Comprou um laço e ficou muito bonita e todos os animais olhavam para ela admirados!
Chegou o burro e disse: "Queres casar comigo, ó miúda?"
"Talvez"- disse a Carochinha, "Mas antes tenho de ouvir a tua voz!"
"Ió-ió"- disse o burro.
"Qua nojo, assim com esse balulho não consigo dormir de noite!"
O burro foi embora muto triste.
Chegou o cão e disse: "Queres casar comigo, ó miúda?"
"Talvez" - disse a Carochinha - "mas antes tenho de ouvir a tua voz"
"au-au" - disse o cão.
"Que nojo! Assim não consigo dormir de noite com esse balulho!"
O cão foi tiste embora.
Um dia chegou o Conde Gato. Perguntou à Carochinha: "Queres casar comigo, ó miúda?"
O Conde Gato era muto elegante e a Carochinha disse: "Contigo casarei!"
Só que o Conde Gato transformou-se num monsto... muto grande!
E chegou o João Gatão e disse-lhe: "Tu querias é a Carochinha, mas não tens!"
E salvou a Carochinha!
E casaram e foram muto felixes para sempe!»
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Grande João Gatão que salvou a Carochinha das mãos do mau do monstro... pensava eu, na minha altura, que o coitado tinha caído no caldeirão! Afinal de contas, renasceu e transformou-se num valente príncipe que veio salvar a sua amada das mãos do feio Conde Gato!
:)

terça-feira, 12 de maio de 2009

Imagens...

(foto retirada)
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Apesar do cansaço que tantas vezes nos impede de aproveitar ao máximo tudo o que realmente é importante para nós, há sempre uma imagem, uma recordação ou um momento que nos fazem sorrir!

Pequenos nadas que vamos docemente gravando na nossa memória...

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Olhar...

Ao longo da minha vida, muitas foram as vezes que me disseram que tenho um olhar triste, um olhar melancólico, um olhar misterioso... No entanto, penso que não é de tristeza, de melancolia e muito menos de mistério que ele está encoberto!
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O meu olhar é um baú de recordações, memórias que o tempo nunca conseguirá apagar, saudades infinitas de quem nunca poderá voltar!
O meu olhar é feito de lágrimas sufocadas quando os fantasmas do passado o impedem de descansar, quando as estrelas docemente me vêm aconchegar quando o sono não quer chegar!
O meu olhar esconde carinhos que nem sempre consigo dar, palavras sufocadas que nem sempre consigo pronunciar!
O meu olhar é um mar onde os meus sonhos flutuam, talvez por isso seja tão difícil nele mergulhar!
O meu olhar é o luar que à noite me vem iluminar e proporcionar a calma e paz interior que desalmadamente tento encontrar!
O meu olhar é feito de pedacinhos de vidas, sentimentos e recordações que, num turbilhão estonteante de emoções, me fizeram até aqui chegar!
O meu olhar é irrequieto, numa constante busca pela certeza que neste Mundo cada vez mais hipócrito e oco de valores vale a pena continuar!
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No meu olhar repousam os pássaros as asas para, de seguida, continuar a voar pelo infinito do céu, sob a imensidão do mar...
No meu olhar, o desejo de mudar as injustiças com que todos os dias tenho que me deparar é um grito mudo que no meio da multidão tento lançar!
No meu olhar, da cor do céu, do azul esverdadeado do mar, o arco-íris tento abraçar, só para que possa, meu amor, toda a tua vida de alegria e magia pintar!
No meu olhar o teu rosto deixo repousar e, assim, muitas vezes dos medos e inseguranças consigo descansar!
No meu olhar outro olhar vive, no insaciável desejo do infinito conseguir tocar...
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Que o meu olhar, meu amor, te possa ajudar a encontrar os caminhos certos para que a felicidade consigas alcançar e, se possível, à lua que tanto admiras consigas nos teus sonhos chegar!
Que o meu olhar seja sempre o porto de abrigo onde desejes te aninhar para, se necessário, as tuas lágrimas em si ele guardar!
Que este olhar, que do teu depende para brilhar, te possa para sempre abraçar e em doces recordações guardar!

Que este olhar, se de facto é difícil de decifrar, nunca deixe que tu duvides, nem por único segundo que seja, que por ti, todo o Mundo ele consegue abarcar!