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quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Um anjo...

A “vovó velhinha” (como carinhosamente lhe chamávamos e como tu própria ultimamente já lhe chamavas) morreu há pouco tempo … e com a sua morte ficaram as saudades que silenciosamente apertam e magoam, a tristeza de nunca poderes vir a conhecê-la da maneira como eu a conheci e a mágoa de não ter passado, nestes últimos anos, tanto tempo com ela como gostaria de ter passado (embora estivéssemos tão perto).
A vovó velhinha adorava-te e quantas vezes no seu olhar cansado não lhe vi o desejo de trocar todo o tempo que lhe faltava por um único minuto na tua idade… quantas vezes não lhe vi as lágrimas escondidas por sentir as tuas gargalhadas como um hino de despedida da vida que tantas alegrias mas também tantas mágoas lhe trouxe… quantas vezes não lhe descobri a ternura no sorriso quando, a olhar para ti, recordava a menina que outrora tinha já sido! E como lhe sentia o amor e o carinho que lhe transmitias nos vossos miminhos e abraços ternos! Duas gerações ligadas pelo Amor… separadas pelo tempo!
Infelizmente, a agitação egoísta do nosso quotidiano, as obrigações, os horários por vezes complicados nem sempre permitiram que pudesse desfrutar tanto tempo com ela como desejaria.
Infelizmente, por vezes, deixamos o tempo correr porque pensamos que haverá sempre a oportunidade de colmatar as falhas, de compensar o tempo perdido e que o amanhã nos deixará sempre estar com quem gostamos… Mas não é assim!
O tempo é egoísta, não perdoa atrasos e quanto menos esperamos leva para longe de nós as pessoas que fazem parte da nossa vida, as nossas referências, as nossas raízes…
Com a morte da “vovó velhinha”, descobri da maneira mais dolorosa o quão frágeis são os sentimentos humanos, o quão frágil é a nossa própria vida! De repente, sentimo-nos sozinhos, como se deixássemos de ter família… Sabemos que eles estão cá, caso precisemos, mas nada é mais igual. Cada um segue a sua vida, deixa-se absorver pelo ritmo lento dos dias que passam e nunca mais nada torna a ser igual… Já não há convívio, já não há chá ao domingo à tarde nem conversas à beira da vóvó velhinha. Já não existe mais aquela sensação carinhosa de reunir toda a família para simplesmente passar um bom bocado. Sei que cada um tem a sua vida para levar para a frente mas será que a morte é a culpada do egoísmo das pessoas?
Não, meu amor, não é. Pelo menos não é assim que eu gostaria que fosse!


Tenho tantas saudades tuas avó! A cada dia que passa aumenta a dor da tua ausência…
Nunca estas lágrimas que melancolicamente rolam pelo meu rosto ao ritmo destas doridas palavras nem a sensação de vazio que aos pouquinhos se apoderou do meu coração serão suficientes para atenuar esta saudade infinita que sinto de ti… de um único beijinho teu!

E tu, meu amor pequenino, como eu queria que a vida te poupasse estas dores… como gostaria que nunca conhecesses a sensação de vazio que a perda dos nossos nos vai deixando em nós!
No entanto, como disse à vovó no seu último adeus, ela será sempre recordada por ti (apesar do pouco tempo vivido a teu lado!) através das histórias que te contarei, das memórias que partilharei e da saudade que nunca apagarei. Mostrar-te-ei, minha princesa, que de entre todas as estrelas que preenchem as tuas noites de sonho e magia, haverá sempre uma que brilhará mais no firmamento da nossa saudade… e que essa estrela foi um dia um anjo na terra. O nosso anjo da guarda agora!

12 comentários:

Mamã dos Diabinhos disse...

Sei bem o que é essa dor. perdia a minha há quase 1 ano, e a magoa que guardop foi ela não ter conhecido o André.
Beijos

Cristina disse...

As recordações são o melhor que podemos transmitir aos nossos filhos.

Bjos

Cristina

Cláudia disse...

Já falei algumas vezes na minha avó materna. Uma mulher espectacular!
Muitos anos anos de eu casar fez umas botinhas emã para o meu primeiro filho. Escolheu o azul.
Queria ver o bisneto mas não chegou até ao meu casamento.
Morreu pouco mais de um ano antes de eu casar. Conhecia o meu marido/namorado.
Nunca me consegui separar dela. Até hoje dói muito...

Bjs grandes

Não fui grande ajuda pois não?
Desculpa

(Nota - Tanto ela como a minha mãe se chamam Clara)

Cláudia disse...

Amiga

Deixa estar como estava...

;))

Não podemos ganhar sempre
(chiuuuu)

Manela disse...

Começo também essa dor, a minha avó faleceu à 3 anos, sinto tanto a falta dela, tenho tanta pena de o André não a conhecer. Eu sei que ele a ia adorar e ela a ele. Sei que olha por nós lá em cima, tal e qual como a tua avó, ela vai tomar conta de ti e da tua menina.
Bjs e força

Co(S)mic Gal disse...

Um Optimo Fim de semana!
Beijões

Co(S)mic Gal disse...

Um Optimo Fim de semana!
Beijões

Graça Garcia disse...

Os que vivem nos nossos corações nunca morrem de todo....
uma beijoka doce

Docinho disse...

Nenhum anjo da nossa vida será jamais esquecido...

Beijos emocionados

PS para colocares as músicas, vais s este site: http://www.imeem.com/, escolhes a música, registaste e depois é só copiar o código da música e colocar num post. É simples!

Rita disse...

Têm muita sorte em terem um anjinho da guarda que foi tão importante para vocês.

Um grande beijo

Margarida disse...

Adeus "vovo velhinha" :( Força!

. disse...

Concentra-te na tua última frase, minha querida. Porque é mesmo, mesmo, mesmo verdade. Beijinho solidário e com muito miminho.


Luz de Estrelas