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quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Era uma vez... (parte III)

Os meus medos e inseguranças tinham-se afogado no doce olhar daquela figura feminina que desde sempre me tinha acompanhado... sim, desde a descoberta da suspeita de uma possível dificuldade em engravidar (que felizmente se dissipou passado aproximadamente cinco meses) até ao momento em que me encontrava naquele instante... prestes a ser mamã!
Sim, minha boneca, a Dra D. sempre foi a palavra certa nos momentos mais complicados, sempre foi a segurança e o carinho de que necessitei para levar com calma e sem medos a "nossa" gravidez...
De facto, as tensões altas sempre foram uma ameaça ao longo de toda a tua gestação! Por muito que tentasse (e mesmo agora!), nunca consegui "lidar" muito bem com o meu sistema nervoso! Mais que minha médica, a Dra D. sempre foi a minha amiga, a conselheira, o sorriso terno que tantas vezes impediu as minhas lágrimas!
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E ela estava ali... e a sua presença acalmou-me!
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Passado pouco tempo mandaram-me entrar e após um beijinho carinhoso ao teu papá e uma troca cúmplice de olhares, onde um mar de emoções veio subitamente à superfície, a mamã entrou!
A Dra D. viu-me, mediu-me as tensões e, claro, nesse dia, elas estavam normais, não estivesse eu naquele momento segura de que seria ela que te traria ao mundo!
Sorriu-me, como que a agradecer a confiança desmesurada que nela depositava, como que a agradecer nela confiar o meu sonho, o meu maior tesouro! Na ficha médica, apontou as razões para a cesariana: desproporção feto-pélvica e ligeira hipertensão...
Fui levada depois para dentro e assim começou aquela que viria a ser a maior aventura da minha vida... a tua chegada!
Vestiram-me e levaram-me para a sala de induções de partos, embora sabendo que o meu não iria ser natural! Assim, ali fiquei e esperei... deitada naquele espaço, a ouvir os gritos de dor das mulheres que mesmo ao meu lado, gemiam sempre que uma ou várias contracções as fazia sobressaltar!
O meu pensamento voou para longe, tentei abstrair-me de tudo até que o papá, não sei como, conseguiu ir lá ter comigo! E como me soube bem... dar-lhe a mão, sentir-lhe o toque, a presença, as carícias que docemente fazia nomeu rosto!
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Vários bebés a Dra D. deve ter ajudado a nascer até que finalmente me mandou vir buscar!
O meu coração bateu mais forte e uma mistura de alívio e receio invadiu o meu corpo!
Tinha chegado o momento!
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Olhei para o papá, as lágrimas vieram-me aos oilhos e naquele momento só me apetecia chorar... muito... apetecia-me libertar todas as lágrimas que o meu corpo pudesse conter...
Pelo corredor, observava as paredes brancas e tentava a todo o custo deixar-me levar pela calma e tranquilidade que a sua cor transmitia!
A equipa da Dra D. certamente já deveria ter conhecimento de que iria fazer cesariana por isso, enquanto me transportavam para o bloco operatório, o anestesista perguntou-me se preferia dormir ou ficar acordada. E eu, uma vez que não podia ter um parto normal, então queria poder assistir ao momento em que o teu corpo fosse retirado do meu, queria ouvir-te o primeiro choro! Sim, preferia ficar acordada, não queria perder nada, não queria perder o nosso primeiro encontro, queria gravar em mim a visão da vida que estava prestes a nascer!
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Entrei para o bloco operatório... um arrepio, um suspirar profundo!
O milagre da vida estava prestes a acontecer!
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(a continuar...)

8 comentários:

disse...

Estou aqui em pulgas, como quando vejo um filme a espera de um final feliz!

ps- vinha avisar-te como prometi, mas não foi preciso ;)

Beijinhos

Inês de Castro disse...

Mulher tu assim acabas comigo...aiaiaiaiaiai...quero maisssssssssssss...beijocas

Cristina disse...

:)

Bjs

Cristina

Docinho disse...

Até eu senti esse arrepio... lembrou-me o meu arrepio... tão forte, tão profundo...
Só me lemro se sentir tanta felicidade que pensei que ia explodir!!!

Beijos à espera do resto...

María disse...

E está quase a ser revelado o final...........

Bjnhos grandes

Ana Isabel disse...

Ai ai, que agora fiquei curiosa para saber o resto.
Bjs

Paula Sofia Luz disse...

Pois eu, á pergunta, respondi mesmo que quria dormir. Tinha tanta dor, estava tão cansada, implorara tanto que me fizessem uma cesariana, que quando ouvi o "finalmente vamos-lhe fazer a vontade" (não era bem isso, era o último recurso), senti o primeiro alívio. Estou em pulgas, também...bjs

Mamã dos Diabinhos disse...

A mim não me perguntaram o que preferia, mas levei epidural e é tão bom estar acordadas para ver os nossos bebes... é tão bom quando confiamos nos medicos que nos acompanham durante 9 meses... beijocas