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terça-feira, 20 de novembro de 2007

Era uma vez... (parte II)

Como a mamã já te contou, a mudança de lua fez com que no dia 12 de Novembro o papá e a mamã regressassem a casa sem ti... Sentia-me nervosa, cada vez mais aumentava em mim o desejo de te conhecer e a necessidade de te saber bem era uma dolorosa e constante realidade que me atormentava a cada dia que passava! Assim, a mamã, nas duas últimas semanas antes de te ver nascer, fez duas ecografias só para dar descanso aos seus maiores medos. Estavas a ser devidamente alimentada, apesar da placenta envelhecida desde o segundo trimestre da gravidez!
Assim, os dias iam passando, entre os receios do futuro que se avizinhava e a ansiedade de te poder finalmente abraçar...
Sim, meu amor, a mamã tinha tanto medo do que a tua chegada significava na vida dela... um ser do seu ser mas, acima de tudo, uma vidinha pequenina que iria causar grandes mudanças! Não só pela responsabilidade de te "cuidar" como se de uma flor frágil e mágica se tratasse, mas também pelos sentimentos novos que já começavam a "fervilhar" dentro de mim...
Tinha tanto medo, se tu soubesses, de não vir a saber tratar de ti, de não conseguir assumir com toda a firmeza o papel de mãe que me aguardava! Ainda me sentia tão filha, meu amor pequenino...
A mamã sempre foi muito ligada À tua vóvó, aos seus miminhos, às suas palavras, à sua presença, ao simples aroma do seu perfume!
Era um "bebé grande", como tantas vezes o papá me dizia!
Tinha medo de não conseguir soltar as amarras que ainda me prendiam à minha própria necessidade de afecto...
Quantas vezes, nessas últimas semanas antes de ti, não deixei as lágrimas rolarem descontroladamente sempre que sabia que o silêncio e a escuridão apaziguadora e misteriosa da noite seriam os únicos a guardar em segredo as minhas insónias e os meus mais íntimos receios!
E nessas insónias, "acariciava-te" dentro de mim, em carícias repletas de ternura, como que a sugar de ti, da tua presença em mim e dos teus movimentos que deliciosamente me faziam estremecer, a força necessária para assumir o controlo incondicional desse futuro tão próximo, do nosso futuro!
E que sensação mágica... a minha princesa, o meu sonho, o meu bebé, o meu mais belo poema... Deixava-me, nesses momentos só nossos, embalar por ti, pela imagem que de ti já possuía nos meus pensamentos, até que o sono decidisse levar-me e me fizessse adormecer!
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Faltava tão pouco... só queria que fosse a Dra D. a estar connosco, só queria que fosse ela a ajudar no milagre do teu nascimento... e assim pedia, implorava-te para que continuasses aconchegadinha em mim, sem pressas...
E tu, linda, aguentaste e desta forma não soube o que é uma contracção (embora tenha pena!) e assim, conforme combinado, no dia 26 de Novembro de 2004, lá estávamos nós, eu e o papá (a vóvó e o vôvô viriam logo logo), pelas oito horas da manhã, na Maternidade.
Esperei pela Dra D., mil sensações e sentimentos a inundar o meu pensamento... Quando chegou, olhou-me, sorriu-me e no seu olhar senti a segurança de que tanto precisava, no seu olhar meigo os meus medos deixei afogar...
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Ia conhecer-te... finalmente!
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(a continuar...)

10 comentários:

Docinho disse...

Até me fizeste arrepiar...
Sem palavras...

Beijos ansiosos

disse...

Então e o resto???? Isto não se faz, fica uma pessoa aqui curiosa pelo final feliz ;)
Sabes também sentia um medo terrivel antes da Madalena nascer, de não ser capaz, acho que todas sentimos. Talvez porque como disseste, ainda hoje eu sou muiiiiito filha, muito mimalhas com a minha mãe ;)
Que sorte não saberes o que são contracções, é horrivel, muito mesmo :( , também as tive por pouco tempo, porque acabei por fazer casariana, mas enquanto isso tive que as aguentar.

Beijos curiosos pelo fim

ps- ando a pensar voltar ao meu cantinho, as asas não cresceram, talvez nem cresçam tão rápido, mas tenho saudades de escrever. Quando voltar serás das primeiras a saber ;)

Inês de Castro disse...

Bem, é que arrepiaste mesmo..Tão lindo, essas palavras doces... E apesar de ainda faltar a continuação, e desejosa de ler o resto, sei que vêm ai mais palavras assim: estonteantes!
Contracções?? Pois, tb fiz cesariana mas de urgência.Logooo, senti-as..E como dizia a enfermeira: "esta menina tem de ir para o bloco já. ela está com contracções como se já tivesse a dilatação toda feita". Dói, dói muito...Mas quando as temos nos braços esuqece-se a dor por momentos!
beijinhos grandes

Mamã dos Diabinhos disse...

Tens uma forma de te expressares... deixas-me arrepiada, como diz a docinho, e com as lagrimas nos olhos, muitas vezes...
Eu senti poucas contraccoes mas são dores horriveis...
Fico à espera do resto e à tua, não temos falado.
Deves andar a mil à hora a preparar o aniversario da Joaninha. beijos

Cristina disse...

As últimas semanas são de uma ânsia horrível... Só queremos que nasça e pronto!!!

Faltam cinco dias... LOL

Bjos

Cristina

Ana Isabel disse...

Também a mim me arrepias-te.
Fico desejosa à espera da contiunação.
Bjs

Gabriela disse...

Bem, nem sei que diga... as palavras não se soltam perante a beleza do texto.
Também passei por momentos complicados durante a gravidez, levando o Ricardo a nascer prematuramente. Estes meses de grande ansiedade, antes e depois deles nascerem, fazem-nos mais fortes e reforçam a nossa noção de maternidade/paternidade.
Agora, fico a aguardar a continuação! :)
Obrigada pela tua visita ao meu modesto cantinho... volta sempre!
Beijocas
Gabriela

Cláudia disse...

Quero ler o resto....
Conta os pormenores todos!

Bjs grandes

Paulo disse...

Estou à espera do que vem a seguir.
Tb não senti contracções mas ao contrario de ti não tenho pena.
Bjs enormes para as duas

Marta disse...

Lindo!!!
Como estou no fim da gravidez senti cada palavra que descreves-te...e embora não seja uma novidade poara mim(pois já tenho a Beatriz) voltei a sentir tudinho...

jinhos

marta