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domingo, 27 de maio de 2007

Medos...


Quando nasceste, bebé, tinha muito medo… Tinha medo de não saber tratar de ti. Foi um turbilhão de sentimentos. Alegria, surpresa, amor, angústia mas, acima de tudo, um grande, grande medo…

Quando te vi pela primeira, tão pequenina, tão indefesa, tão incrivelmente bonita, tão minha, não sei o que senti! Sem dúvida que me apaixonei imediatamente pela doçura, pela tranquilidade e pela ternura que a tua carinha de bebé recém-nascido transmitia! No entanto, sempre que o papá ia embora, depois de acabar a hora das visitas, as lágrimas escorriam descontroladamente pelo meu rosto. Ainda hoje não percebo muito bem porque é que sempre que ficava sozinha naquela maternidade me sentia desesperadamente sozinha. Mas também agora, quase dois anos e meio depois (e feliz porque sinto que tenho cumprido o meu papel de mãe!) começo a entender que o que mais me custou, quando nasceste, foi passar do papel de filha para o papel de mãe.

De repente tudo tinha mudado… todas as atenções estavam centradas em ti, todos os mimos, todos os carinhos eram agora para ti, meu anjinho! E eu penso que, não por egoísmo mas sim por medo, assustei-me!

O medo de não conseguir cuidar de ti, de falhar no meu novo papel de mãe assustava-me! Ainda me sentia tão filha, percebes?! Eu própria ainda sentia necessidade de mimo mas penso que era talvez por me sentir naquele momento mais sensível, numa situação nova, tão importante… era Mãe!

Agora, passados mais de dois anos e sempre que olho par ao teu rosto, o medo persiste! Mas mudou… aumentou assustadoramente! Já não tenho medo de não saber cuidar de ti ou te não saber como reagir perante novas situações (ser mãe é de facto uma característica inata em cada mulher!), tenho, sim, medo de te perder!
Sim, meu amor, tenho tanto medo de um dia não poder olhar para ti, de não poder sentir as tuas mãozinhas na minha cara ou teus dedinhos a fazerem miminhos nas minhas orelhas, tenho medo de te ver cada mais independente, tenho medo que um dia soltes as amarras e comeces a querer conquistar o mundo sozinha, tenho medo de te perder para um mundo que sei que um dia vai ser teu mas que nem sempre é o melhor lugar para se estar! Tenho medo que ganhes asas e voes para onde não te possa proteger das palavras que magoam e ferem, das pessoas que enganam e traem, dos obstáculos que tantas vezes dificultam a nossa caminhada para a felicidade.
Tenho medo sim, filha, tenho medo que cresças e deixes de ser o meu bebé, a minha bonequinha, a minha princesinha… mas a única coisa que me tranquiliza é saber que o meu amor por ti é mais forte e que não será esse mundo que por vezes tanto nos assusta que o conseguirá destruir ou afastar de ti! Será este amor que estará sempre presente, não importa tempo nem distância, para te ajudar a compreender as palavras, conhecer as pessoas e contornar os obstáculos e ajudar-te a ser feliz.

Quanto ao Mundo, esse mundo por vezes tão belo mas tão assustador por vezes, só lhe peço uma coisa… que não te magoe muito (eu tentarei ajudar-te a lidar com ele!) e que, acima de tudo, te deixe ser muito, mas mesmo muito FELIZ!
E os medos, esses, não desaparecerão do meu coração, vou simplesmente tentar aprender a lidar com eles e fazer com que eles me ajudem a ensinar-te a transformares-te numa pessoa capaz de lutar contra tudo e todos para seres muito feliz!

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