Agora, olho para ti e vejo diante dos meus olhos a imagem da princesa com que sempre sonhei, de quem sempre desejei ser a mamã! Estás tão linda... não posso negar que fico embevecida quando admiro o teu rosto e me apercebo da perfeição dos teus traços!
Sinto-me tão impotente perante a doçura que deixas transparecer, toda tu és meiguice, apesar das asas terem ganho tamanho e quererem cada vez mais voar sozinhas. Tento que o medo de que algo de mau te aconteça não me invada o coração e impeça, dessa forma, de te deixar crescer livre, de te deixar conquistar o Mundo, que tu consideras tão belo, segundo as tuas próprias palavras!
Ainda te consigo aninhar no meu colo, apesar de já sobrarem tanto braço e perna, ainda consigo sentir-me o teu porto de abrigo mas, de vez em quando, dá-me uma súbita vontade de fazer parar o tempo e manter-te juntinha a mim, menina dos meus sonhos, ainda tão dependente dos meus afectos!
Mas sabes, meu amor? Tenho tantas saudades de ti pequenina, tenho tantas saudades de ti bebé!

Quero sentir de novo que do meu ventre o Mundo pode tornar-se mais belo se desse mesmo ventre é o meu Mundo que nasce com um choro de alegria e emoção!
Sim, minha princesa, és e serás sempre o meu primeiro amor, o mar desconhecido que decidi percorrer e que o céu me proporcionou! Disso podes ter sempre a certeza... foi contigo que aprendi a Amar, foste tu quem me ensinou que podemos ter o Mundo nos nossos braços, num simples abraço teu!
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Será que ainda vou poder sentir que o milagre da vida pode nascer de mim? Será que do meu ventre poderá nascer ainda quem me ensinará a encarar ainda de forma mais bela o meu Mundo?
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