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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Mudança...

(foto retirada)
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Deixa-me entrar no teu olhar para poder vislumbrar as cores do teu mundo e contigo transformá-lo num arco-íris...
Deixa-me, nem que por um segundo, mergulhar no teu olhar para assim poder combater as lágrimas que tantas vezes teimam em o entristecer...
Sim, meu amor, deixa-me penetrar no teu coraçãozinho, por um pequenino instante, para dele tirar a certeza de que continuo a ser o teu porto de abrigo, o abraço que preferes a qualquer outros, a tua paz, o teu refúgio...
Deixa-me, meu amor, por favor, deixa-me perguntar-lhe porque insiste ele em fazer-me sentir cada vez mais incapaz de te acompanhar nessa correrria louca e estonteante que é o teu crescimento...
Se não puder, princesa, se o mundo mágico onde vives, o reino onde somente entra quem a tua imaginação permitir não me deixar chegar até ati, olha-me...
Sim, princesa, olha-me, por um minuto, um segundo, um instante... olha-me e diz-me porque choras sem motivo quando imediatamente de seguida berras para todos os que te quiserem ouvir que a tua mamã é linda?
Porque teimas em desafiar-me, respondendo-me em tom de provocação se, no momento em que para os sonhos desejas viajar, é a mim que te queres enroscar? Se são os meus mimos que te fazem adormecer? Se é por mim que chamas se, por ventura, algum monstro feio decide entrar nos teus sonhos para te assutar?
Ajuda-me, meu amor, ajuda-me a limpar as lágrimas que tristemente rolam pelo meu rosto quando constato que a minha falta de paciência perante esta tua mudança drástica não nos está, em nada, a ajudar, mas sim somente a fazer-me sentir que aos poucos começas a afastar-te da menina que ainda há tão pouco tempo toda ela cabia no meu colo...
Porque será que teimas em misturar uma teimosia desconcertante, uma provocação inesperada, umas birras gigantes e incompreensíveis à tua eterna doçura? À meiguice que o teu olhar, por muito zangado que possa estar, não consegue disfarçar?
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Sim, minha flor, olha-me nos olhos, abraça-me e diz-me em que estou a errar, que caminhos tenho de tomar até chegar novamente a ti, à menina doce e irrequieta (mas não teimosa e provocadora) que sempre foste?
Se não me quiseres responder, deixa-me pelo menos, meu amor, entrar por um minuto no teu coração para poder lá encontrar a certeza de que tanto preciso para poder me acalmar, a certeza de que sou a mamã que sempre desejaste para ti e que toda esta mudança não seja um erro meu mas uma consequência do teu inevitável crescimento...
Se soubesses como dói não te entender o choro, as birras, as provocações e, ao mesmo tempo, deliciar-me com a tua ternura, a tua meiguice, o brilho do teu olhar!
Diz-me, olha-me e sussura-me que é apenas uma fase, uma fase obrigatória e dolorosa que ambas vamos conseguir ultrapassar!
Diz-me o que quiseres, o que sentires, o que desejares mas nunca te esqueças das palavras que um dia eu já te escrevi para que a memória nunca as consiga apagar.
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Imploro-te, nunca te esqueças, estejas onde estiveres, me deixes ou não até ti chegar, que independentemente do vento que possa fazer as tuas pétalas tremer, do tempo que as possa endurecer, da chuva que por um acoso leve o teu aroma para outros lugares, és e serás eternamente a flor que sempre desejei para mim...

2 comentários:

RitaC disse...

Desde que "descobri" o teu blogue não consigo descolar do ecran sem ler os teus posts até ao fim... tens uma maneira de escrever tão clara e directa, que vai até ao nosso coração! Escreves com o coração...

As mudanças da tua Joaninha são próprias da idade, hão-de passar, mas o amor que existe entre vocês não muda nem passa...

Beijocas

Isabel disse...

Linda a forma como escreves, mesmo nos momentos menos bons!
É uma fase, vais ver.
Um grande beijinho!